Radialista Tomás de Aquino volta à Rádio Atividade FM, em Campos Belos (GO)


O radialista Tomás de Aquino, um dos comunicadores mais conceituados na região, está de volta à Rádio Atividade FM, de Campos Belos.



Com o bordão “O amigo de todas as horas”,  Tomás agora vai apresentar o Programa Manhã Sertaneja, tendo a responsabilidade de suceder o também conceituado radialista Zé Cândido, o locutor oficial do programa há mais de 20 anos. 

Tomas de Aquino Rodrigues Carvalho nasceu na cidade de Monte Alegre de Goiás, em 06/07 de 1969. 


Aos 17 anos, graças ao seu jeito comunicativo e irreverente, foi convidado para trabalhar na Rádio 100 FM de Anápolis (GO), para comandar um programa de Rádio na Madrugada, nos fins de semana. 

Chegou atuar como repórter esportivo na rádio Imprensa AM. Depois disso, com sucesso e experiência, atuou em várias emissoras de rádio, sendo inclusive um dos pioneiros do rádio em Campos Belos, no início dos anos 90. 

Agradecimento 

Poucos sabem, mas o jornalista Dinomar Miranda, de Campos Belos, foi iniciado na comunicação pelas mãos de Tomás de Aquino. 

Em 1990 Campos Belos não possuía rádios locais. 

Os sinais que chegavam na cidade eram das AMs do Rio de Janeiro, como a Tupi e a Rádio Globo; de Brasília, como a Rádio Nacional e de Goiânia, como o programa de Sandes Júnior. 

Naquele ano, começaram diversas iniciativas de se iniciar uma rádio local na cidade.

A propósito, essa iniciativa era proibida, pois não existiam rádios comunitárias e qualquer aparelho de transmissão era coisa de polícia. 

Afinal, tínhamos acabado de sair de  um regime militar e qualquer estação de rádio era um “perigo” para o sistema. 

A Rádio Morena FM foi a primeira rádio pirata a aportar na cidade, por iniciativa de um comunicador de Posse (GO). 

Tomás de Aquino logo entrou para os seus quadros. A rádio não demorou muito. Por denúncia de pessoas de Campos Belos, a Polícia Federal e a Dentel (Departamento de Telecomunicações) apareceu na cidade, recolheu o transmissor e os aparelhos. A Morena nem completou um ano. 

A emissora funcionava numa casa, perto da Caixa de Água, na Vila Baiana. Não existiam os bairros novos, como o Novo Horizonte. 

Meses depois, já em 1991, Lee Fernandes, um nordestino arretado, criou a Radio Cidade FM, outra pirata, no mesmo estilo da Morena FM.  Tomás de Aquino logo se transformou no principal nome da emissora. 

Lá permaneceu por anos, inclusive com um inédito programa esportivo, que era veiculado ao meio-dia. Baiano era um dos comentaristas. 

Foi nesse programa que o então adolescente Dinomar Miranda, após um jogo de futebol em Combinado (TO), pelo Verona, rascunhou uma notícia de rádio, para relatar a partida. 

Tomás de Aquino, esperto, pediu para ao garoto que gravasse a notícia em um toca fitas gravador. 

Gostou do que viu e pediu para o então estudante do 1º ano do Colégio Polivalente que voltasse no outro dia, com mais notícias, pois entraria ao vivo no programa do dia seguinte.

O rapaz voltou até com notícias de vôlei dos colégios locais. Daí em diante virou repórter e por lá ficou por quase 2 anos. 

Quase simultaneamente à Rádio Atividade, os organizadores da Danceteria Mangueira também criaram uma rádio pirata, chamada de 107 FM.  O som era stereo e a coletânea de músicas dos “meninos de Seu Armando” era top. 

Logo Tomás de Aquino se transferiu para a 107 FM, onde ficou muitos anos, até a sua extinção, que depois virou Tropical FM, a precursora da hoje comunitária de Zé Cândido.

A Rádio Cidade, de Lee Fernandes, que também funcionava uma casa verde, na encosta do morro da Vila Baiana, continuou sua labuta com Dinomar Miranda, que convidou Hamilton Mendes e Luiz Marles para o plantel. 

Por dois anos, a emissora continuou irradiando músicas, notícias e felicidades, até novamente ser fechada pela Dentel. 

Dinomar Miranda seguiu seu destino, picado pelo doce veneno da comunicação, querendo se tornar um jornalista. 

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