Setor de Acessibilidade Informacional é instalado na biblioteca da UFT, em Arraias


Estão vinculados à Universidade Federal do Tocantins (UFT) atualmente 266 alunos, professores e técnicos que possuem algum tipo de deficiência, sendo que 23 deles estão no Câmpus de Arraias. 


O Câmpus acaba de receber o primeiro Setor de Acessibilidade Informacional (SAI), instalado na biblioteca.

A estrutura oferece um ensino de qualidade acessível a todos e em conjunto com a biblioteca, disponibiliza recursos, equipamentos, tecnologias, ambiente físico e atitudinais promovendo a inclusão social e cultural. 


Tudo isso em um espaço amplo, dividido em quatro ambientes: recepção, estúdio para atender os técnicos de Libras, sala de atendimento especializado e um local maior onde estão dispostas as tecnologias assistivas.

Toda a estrutura e equipamentos foram instalados no dia 11 de setembro, ocasião em que a comunidade acadêmica foi convidada a participar da Oficina de Utilização das Tecnologias, para conhecer os equipamentos e ter noção de como manuseá-los. Além disso, também foi ministrada uma palestra explicando quais os protocolos de atendimento especializados e apresentando o programa de Acessibilidade e Educação Inclusiva (PAEI) da universidade.

Inclusão

Nágea Rodrigues Paiva, estudante do curso de Pedagogia, que é cega, aprovou o espaço. Ela está usando o local não apenas para aproveitar as Tecnologias Assistivas, mas também fez daquele local seu espaço para estudo. Além de já ter convidado outros colegas para conhecer o espaço.

Diego Aquino Souza, servidor responsável pelo setor, diz que em poucos dias já percebeu a importância daquele local para a comunidade interna e externa e comemora a boa relação com a turma que frequenta, como a Nágea. 


“Conversamos muito aqui à tarde, tenho aprendido muito com ela”, destaca ele. Souza explica ainda, que o espaço é aberto a todos que queiram aprender braille, ou aperfeiçoar a Libras.

Quem também está feliz com as novas tecnologias disponibilizadas é o servidor Leandro Ferreira Costa. Ele tem visão monocular e por isso tem dificuldades com a leitura no computador, muitas vezes ao forçar a visão, seu olho fica lacrimejando e ardendo muito. 


Mas agora ele acaba de receber o GO Vison, um equipamento que regula o contraste da tela, trabalha a variedade das cores no monitor, além de ter uma função de leitura.

“Ainda estou me ambientando com o equipamento, lendo seu manual, mas em pouco tempo de uso já melhorou meu trabalho. Quando estou com a vista cansada, lacrimejando e ardendo, por exemplo, já uso a leitura de voz”, comemora ele.

Extensão

Edson Oliveira, coordenador do sistema de bibliotecas da UFT esclarece que as bibliotecas dos outros câmpus também receberão o SAI. 


“A ideia é que o SAI não fique só dentro da Universidade, mas para além do Câmpus, atender a comunidade com pessoas com deficiência na utilização das tecnologias assistivas e em projetos de extensão. 


Com certeza esse uso vai melhorar muito a qualidade de vida não são da comunidade acadêmica com deficiência, mas também da comunidade”, enfatiza ele.

O SAI em Arraias é equipado com leitor autônomo (para leitura de pessoas com deficiência visual), linha braille (computador para cegos), impressora braille, scanner adaptado com OCR (tecnologia que tira textos de imagens), leitor para baixa visão (para atender técnico com baixa visão), lupa para baixa visão, mouse adaptado para quem tem alguma deficiência física ou limitação e um globo em braille (adaptado para cegos).

Política de Acessibilidade


A implantação do SAI das bibliotecas universitárias referem-se à implantação da Politica de Acessibilidade e Educação Inclusiva da UFT, que está prevista no Programa de Acessibilidade e Educação Inclusiva-PAEI. 

Manoel Mendes, pedagogo que trabalha no setor de acessibilidade da UFT e este na implantação do SAI, explica que:

“Como instituição pública de ensino, a UFT preocupa-se, não apenas com o ingresso do aluno aos seus Cursos de Graduação e Pós-graduação, mas com a permanência, com aprendizagem, com o acompanhamento psicossocial e assistência estudantil e a implantação de espaços adequados para o atendimento especializado com Tecnologias Assistivas”.

Fonte: UFT

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