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Só um doutor em economia consegue entender os aspectos que rondam o preço dos combustíveis no Brasil.
Não sei se a majoração dos preços nos últimos dias ocorreu nos outros estados, mas aqui em Brasília a gasolina saiu de R$ 2,67 para R$ 2,69, no início do mês.
Uma semana depois, mais um salto, para R$ 2,74, com um acumulado de quase 3%.
Bem, mas quais as explicações para o aumento?
O país foi o primeiro a sair da crise econômica, com a economia já em plena expansão novamente.
O dólar, principal vilão, caiu quase 60% em um ano, saindo de R$ 2,20 para R$ 1,70 em novembro. A inflação, que outrora era o gatilho da subida de preços, ta lá, bem quietinha.
E pior, o governo todo dia anuncia o grande poder da camada de pré-sal, com quase 80 bilhões de barris em reserva.
Ou seja, não falta abastecimento de petróleo porque o Brasil é alto suficiente, não há inflação e o dólar cai diariamente.
Por que a gasolina tem subido de preço?
E mais, o preço do etanol (álcool combustível) também tem se elevado. As explicações são semelhantes.
O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar e as desculpas para as majorações de preço são sempre a entressafra.
O problema é que a entressafra termina e o preço se mantém. No ano seguinte, o fenômeno se repete e o preço novamente aumenta.
Resultado, em Brasília o preço do álcool é de R$ 1,99, apenas R$ 0,75 mais barato do que a gasolina.
Mas não é preciso ter mestrado em economia para entender o que ocorre com a política de preço do nosso combustível.
O nome do fenômeno tem nome: ganância. O país inteiro é dominado por cartéis de postos de combustíveis, que impede a concorrência e faz-nos pagar um dos combustíveis mais caros do mundo.
Só comparando, no país de Hugo Chavez, na Venezuela, o litro da gasolina custa o equivalente a R$ 0,07, é a mais barata do planeta.
Na Argentina o litro sai por cerca de R$ 1,40, na Bolivia R$ 1,00 e no Paraguai R$ 1,45.
Até quando pagaremos a conta…