Reflexão: professor, cada dia menos valorizado

Por Adelino Machado

Um professor ou professora necessita de Curso Superior que pressupõe uma qualificação científica a partir da utilização de métodos sistematizados e fundamentados teoricamente.

Essa premissa é uma exigência humana para que os seres se aperfeiçoem em torno de sua própria evolução.

Um professor ou professora, ao contrário dos demais profissionais deve também ter formação polivalente para o atendimento a necessidades diversas apresentadas por um grupo de seres humanos agrupados em uma sala que recebe o nome de SALA DE AULA.

Numa sala de aula se desenvolvem desejos, expectativas, frustrações e distúrbios típicos da raça humana.

Neste espaço esses sentimentos devem respeitados individualmente e desenvolvidos na perspectiva da saúde física, psicológica, social e moral dos homens e das mulheres.

Já um Operador de Trator de Esteira também deveria frequentar Curso Superior para ter mais independência e não ser obrigado a utilizar a esteira da máquina para destruir as árvores que sem nenhuma reação são ceifadas para produzir lucros e alimentar os caixas (um e dois) das EMPRESAS NACIONAIS E MULTINACIONAIS.

Também um operador de máquinas (trator) deveria ganhar mais para melhorar as condições de vida de seus filhos e então poder dar-lhes uma boa e superior educação.

Os pedreiros por sua vez deveriam receber o máximo de uma sociedade humana que não mais sabe morar em cavernas, mas sim em belas casas e mansões confortáveis construídas artisticamente pelos trabalhadores da construção.

Os pedreiros deveriam ter a oportunidade de frequentar um Curso Superior realizado numa Universidade da Moradia.

Após isso construiriam casas ecologicamente corretas, ganhavam mais dinheiro e até receberiam uma moradia mais digna resultado do seu honesto e sagrado suor.

No entanto os tratoristas ganham migalhas para contraírem doenças originadas da poluição das máquinas e do calor intenso a que são expostos.

Os pedreiros ganham apenas o suficiente para não serem escassos do mercado, mas OS PROFESSORES E AS PROFESSORAS, esses ganham miseravelmente mal para cumprir seus atributos e status social, serem tratados ironicamente de mestres e cuidar da alma dos filhos pedreiros, dos tratoristas, dos médicos, dos advogados e até dos políticos que mesmo vivendo no planeta da abundancia mandam seus filhos à escola para se susterem de conhecimentos do professorado.

Diante de tal realidade, quem é que vai cuidar da profissão dos professores e das professoras? Será que são os sindicatos? Será que é o governo? Será que são os empresários? Ou será que são os próprios profissionais que se organizarão em grandes congregações e conselhos próprios para preservarem econômica e deontologicamente o destino desta tão necessária profissão?

Adelino Soares Santos Machado

Campos Belos – Goiás, 30 de novembro de 2009.

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