Ônibus da São José do Tocantins, trecho Campos Belos/Goiânia, quebra 10 vezes. Um acinte ao cliente, ao cidadão, ao contribuinte

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Quando a concorrência de outras empresas de ônibus, que faz o trajeto para Goiânia, chegou ao nordeste de Goiás e sudeste do Tocantins, após muitas reclamações, iniciativas do ativista social Jefferson Victor e de inúmeras publicações aqui no Blog, todos imaginavam que não se teria mais problemas medíocres com a empresa São José do Tocantins. 

Ledo engano. 

Os problemas continuam a acontecer e numa progressão de gravidade que preocupa.  

Uma jovem de Campos Belos (GO), universitária em Goiânia, fez uma viagem entre as duas cidades no último fim de semana, que mais pareceu um enorme pesadelo. 

Não apenas para ela, como também para dezenas de outros clientes da empresa, que também são cidadãos e contribuintes, pagadores de impostos e que merecem respeito e um serviço digno para qual a empresa se propôs como concessionária. 

A universitária contou que há pelo menos quinze dias viajou a Goiânia, no ônibus da São José do Tocantins, e este teria quebrado cinco vezes, até chegar ao destino. 

“Só conseguimos chegar a Goiânia às 10 horas da manhã”.

Na última sexta-feira (30), ela deixou a capital de Goiás, para votar na eleições de Campos Belos. 

Mas o ônibus, da mesma empresa concessionária de serviço público, quebrou duas vezes no caminho, chegando com duas horas de atraso. 

Na volta à capital, já no dia 2 de outubro, domingo à noite, o pesadelo, na realidade uma irresponsabilidade e uma falta de compromisso, sem tamanho, com as pessoas, voltou a ocorrer. 

O ônibus quebrou 10 vezes, numa única viagem. 

Por fim, o motorista jogou a toalha e pediu socorro em Abadiânia (GO) e a empresa resolveu trocar o ônibus.


Um rapaz, que desceu para ajudar o motorista a solucionar o problema, quando da chegada do socorro, foi deixado para trás.  


As consequências foram imensas e danosas. 

A jovem perdeu uma prova na faculdade, que não aceita realizar outra. Ela deverá perder a disciplina, pois não há justificativa. 

Um senhor, já idoso, que marcou uma consulta em um hospital público de Goiânia, há seis meses e após uma longa espera, perdeu o horário do atendimento. 

O que fazer agora? esperar mais seis meses? Será que conseguirá marcar nova consulta? 

Os dramas pessoais são vários e os prejuízos, inclusive emocionais, se multiplicam em cada pessoa por detrás de cada poltrona, que a São José insiste em não respeitar. 

Para piorar, não aceita reclamações. Seus funcionários, do terminal rodoviário em Goiânia, tratam muito mal as pessoas, de forma até jocosa, aqueles que ousam a reclamar dos ônibus.  

Pelo telefone da ouvidoria, a falta de zelo, cortesia e atenção com quem está do outro lado da linha parece pior do que a quebradeira dos ônibus.

Passa da hora da Ministério Público de Goiás usar da dureza da lei contra essa empresa, que é autorizada a prestar um serviço público essencialmente necessário, mas insiste a tratar com desdém, indelicadeza, falta de atenção e menosprezo aqueles para quem deveria estender o tapete vermelho. 

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