Campos Belos: VIVO não é “mero aborrecimento”, é um genuíno constrangimento



Por Jefferson Victor,


A chegado da telefonia móvel foi um marco nas evoluções tecnológicas de comunicação. Foi preponderante, principalmente na questão da mobilidade. 


Com ele foi abolida a necessidade de se fixar em determinadas localidades para originar ou receber chamadas.


Com o lançamento deste importante instrumento de comunicação, e ferramenta de trabalho, velhas invenções tornaram-se obsoletas, como é o caso do telégrafo, telex, e diminuiu consideravelmente o uso da telefonia fixa.


Hoje o ser humano é totalmente dependente do celular. Já existe quase um aparelho por habitante no Brasil, uma evolução que contribuiu sistematicamente para a melhoria da qualidade de vida da população mundial.


Campos Belos, localizada no nordeste de Goiás, foi contemplada com essa tecnologia há mais de quinze anos, e a operadora Vivo foi a pioneira neste seguimento em toda região. 


Ela detém quase a totalidade, já que cerca de 90% da comunidade faz uso dos serviços da referida empresa.


Há anos as reclamações contra a Vivo vêm intensificando. Ligar no SAC é sempre uma perda de tempo. 


Do outro lado da linha há sempre um atendente robotizado, ensaiadinho em técnicas de enganação. 


Vão abrir um processo de reclamação e que uma equipe técnica fará os reparos necessários.


Recentemente o Blog do Dinomar Miranda publicou matéria sobre o tão desejado cabo de fibra optica, uma tecnologia futurística capaz de absorver qualquer invenção para as próximas três décadas, inclusive, o uso do tão sonhado 4G, que é uma das grandes evoluções no mundo digital.


Coincidentemente após essa implantação, aquilo que já era ruim se tornou péssimo.


São dias de agonia sem sinal, e internet quando tem, é de má qualidade, e o pior nisto tudo, é que milhares de pessoas possuem pacotes de serviços pagos semanalmente e os créditos expiram sem mesmo serem usados por falta de sinal.


Em 2016 centenas de usuários entraram no Juizado de Pequenas Causas com pedido de indenização por danos  morais.  


A Vivo mandou uma representante, a qual não tinha função de prestar nenhum tipo de esclarecimento, simplesmente negava acordo e assinava o termo de recusa.


Diante da negativa, os advogados entraram na justiça reivindicando direitos dos usuários, porém os quase dois anos em que as ligações não duravam um minuto sequer, foram consideradas dentro da normalidade, “mero aborrecimento”, essa foi a decisão judicial.


É sabido que toda tecnologia pode ter falhas temporárias, porém durar tanto tempo é imperdoável. 


Talvez o julgamento do questionamento tenha sido desprovido de laudos técnicos que atestassem a realidade dos fatos, provavelmente não levaram em consideração as milhares de reclamações realizadas junto a Vivo.


Mero aborrecimento é quando se trata de coisa passageira, quando o caso é crônico a interpretação deveria ser outra, a Vivo deveria responder civilmente pelo descaso dispensado a seus usuários.


Por outro lado vem a pergunta: e será que multas resolveriam? Com a palavra o Deputado Federal Daniel Vilela, PMDB, o qual propõe doação do patrimônio de 100 bilhões a essas multinacionais, além de anistia de mais de 20 bilhões em multas não pagas.


O Código de Defesa do Consumidor deveria ter sido levado em conta. Tem de haver proteção do estado aos menos favorecidos, mas parece que o poder econômico é intocável. 


Quando o usuário erra, as operadoras possuem mecanismos imediatistas que punem ao toque de uma tecla de um computador.


O Legislativo protege as Teles de forma questionável, a justiça julga negligência e desvio de conduta, como fatos corriqueiros passivos de perdão. 


Diante desses fatos, cresce o descrédito nas Instituições Públicas, as coisas vão perdendo a essência, e a sensação de impotência reina sobre os pobres súditos.

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