Mãe reclama que médica de Campos Belos se recusou a atender criança de 4 anos no Hospital Público


“Prezado Dinomar Miranda,

Nosso hospital de Campos Belos está um descaso total.


Sábado à noite, por volta de 1 hora da manhã, levei meu filho que estava sentido-se mal, com muita falta de ar e muito cansaço. 

Já tava angustiada, pois já tinha dado remédio e nada dele melhorar.

Chegando ao hospital, ele passou pela triagem e não estava com febre.


A enfermeira foi chamar a médica de plantão, mas ela se recusou a atender meu filho, pois disse que ele não estava com febre. 

Nem do quarto ela saiu.

Tempos depois, a médica saiu para atender outra paciente.

Neste momento a enfermeira de plantão tornou a perguntar “vc vai atender a criança”?

Ela disse que não iria atender meu filho, pois ele não estava com febre.

A enfermeira por sua vez decidiu fazer uma inalação nele por conta própria, devido ao não atendimento da médica.

Vc acha que uma mãe, que trabalha o dia todo, iria sair de casa de madrugada se realmente não tivesse precisando de uma ajuda médica?


Estou muito triste com a falta de respeito com as pessoas da nossa cidade. Por isso decidir te procura, pois acho que isso não se faz com ninguém.

Não é só febre que é doença. 


Acho que ela não podia deixar de atender, principalmente uma criança de 4 anos de idade, que nem sabe direito que está sentido.

Por Luciana Soares de Almeida


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Comentário deste blogueiro 

O blog procurou a prefeitura de Campos Belos e apresentou a denúncia da mãe. 

Em resposta, a Assessoria de Comunicação da Prefeitura informou que vai tomar as medidas cabíveis.

Não é a primeira vez que registramos reclamação de atendimento ruim de médicos públicos em Campos Belos. 

Até quando episódios dessa natureza vão se repetir?

É oportuno dizer que todos sabemos das dificuldades financeiras pelos quais passam a maioria das unidades médicas públicas do país. 

E é justamente por isso que os médicos devem se desdobrarem para suprir essa lacuna, com um atendimento mais humanizado, de contato físico, com cordialidade, educação, atenção e acima de tudo, entender que o paciente e os acompanhantes são pessoas em fragilidade.

Registre-se: em fragilidade. 

Não é demais lembrar que os médicos públicos são servidores a serviço da comunidade. 

Comunidade esta que paga impostos e os salários dos médicos, dos servidores e de toda a máquina pública. 

Em suma, o médico não está trabalhando gratuitamente e nem deixa de ter patrões, que são os próprios contribuintes. 

Quem pensar de forma diferente, é melhor deixar o serviço público e montar o seu próprio negócio particular. 

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