Suicídios no Pátio Brasil: Ministério Público tem que agir

A situação é grave e urgente. É grande e rotineiro os números de suicídios que ocorrem no Shopping Pátio Brasil, um dos maiores de Brasília. Quem conhece o centro de compras aqui na Capital Federal sabe do que estamos falando.

E ninguém comenta nada. Os jornais não publicam por questões éticas. Na universidade, os jornalistas aprendem que não se publica casos de suicídio, a não ser os de autoridades. O motivo seria para não estimular, não instigar outras pessoas a se matarem. Há especialistas em psicologia que duvidam dessa tese. Mas é questão para outro momento.

A direção do shopping prefere o silêncio e não toma atitude alguma.

Desde 2001, 12 pessoas já pularam pelo vão central do shopping. Todas morreram.

Como os demais pisos suspensos, o vão do último pavimento do centro comercial, que de passagem é bem alto, é cercado apenas por um parapeito de acrílico com 1,20 metro de altura.

A Defesa Civil já sugeriu a instalação de parapeitos de 1,80 metro, mas as sugestões não foram acatadas pelo shopping.

Gente, o Ministério Público tem que agir e obrigar aquele estabelecimento empresarial a assegurar a vida das pessoas. A Constituição Federal é clara: se resguarda o patrimônio privado, o interesse particular até o limite em que o interesse público falar mais alto.

A questão deixou de ser apenas caso de saúde pública e se transformou em problema de segurança pública. Até quando as pessoas, em um momento de desequilíbrio emocional, vão continuar pulando daquele prédio?!

Abaixo segue uma carta de pai de um suicida

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