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Como nós já tínhamos antecipado aqui no Blog, há um tratamento desigual e até mesmo discriminatório contra os atingidos pelas chuvas que assolam o Nordeste e o Norte do Brasil.

Um tratamento muito diferente do proporcionado aos desabrigados das chuvas em Santa Catarina, no final do ano passado. E a discriminação parte de muitos segmentos, tanto do governo quanto da sociedade organizada.

Este tratamento diferenciado mancha e revela o abismo que há entre o sul e o norte do Brasil. Mostra também um pouquinho do que ocorre no dia a dia político em relação aos temas que envolvem essas regiões.

Imagine o que acontece em assuntos que envolvem divisão de poder e dinheiro!!

É uma discriminação histórica, que infelizmente continua a acontecer em plena época da globalização da informação, que em tese diminuiria as distâncias e aproximaria povos e culturas.

Hoje, a Agência Estado, tardiamente, comprova o que nós já tínhamos alertado.

Depois de ler a matéria da Agência Estado, compare-a com o texto que escrevemos na semana passada.

Leia abaixo o texto daquela agência.

Apesar de ter mais desalojados, NE recebe menos ajuda

São Paulo – Há seis meses Santa Catarina foi atingida por chuvas fortes e os morros inteiros desmoronaram, na segunda maior tragédia natural na história da região. O País acompanhou comovido histórias das familiares. Dezenas de helicópteros levavam doações, senadores faziam reuniões de emergência e toneladas de roupas e comida eram enviadas ao Estado.

Comparando números da tragédia de SC com da que acontece agora no Nordeste, parece que o fato ocorre em países diferentes. Apesar de ter 4 vezes mais desalojados, a região conta com menos doações e a verba pública só foi liberada ontem.

Santa Catarina teve 63 cidades afetadas, 137 mortes, 51 mil desalojados e 27 mil desabrigados. No total, a estrutura de suporte para lidar com as enchentes contou com 24 helicópteros e 4 aviões da Força Aérea.

Doações da sociedade totalizaram R$ 34 milhões e o governo federal e o Congresso Nacional prometeram a liberação de R$ 360 milhões. Apesar de registrar um número menor de mortos até o momento, 45, o Nordeste tem 299 cidades afetadas, 200 mil desalojados e 114 mil desabrigados.

Mesmo assim, com um número 4 vezes maior de pessoas que precisam urgentemente de ajuda, só 3 helicópteros e 3 aviões atuam na região. E as doações não alcançam R$ 4 milhões.

Só ontem, quase dois meses após o início das tempestades, o governo federal destinou verba ao Nordeste, por meio de medida provisória assinada pelo presidente em exercício José Alencar, que liberou R$ 880 milhões – incluindo ajuda às vítimas da seca no Sul.

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