Por que o câncer de pâncreas é tão grave?


Apesar das altas taxas de óbitos pela doença devido ao diagnóstico tardio, e ao crescimento rápido da doença, o especialista do Hospital 9 de Julho explica que os avanços da medicina têm permitido a chegada de novos tratamentos que podem aumentar a expectativa de vida dos pacientes.

Globalmente, o câncer de pâncreas corresponde à oitava causa de óbito por neoplasia em homens (138.100 de óbito anualmente) e a nona em mulheres (127.900 óbitos) . 


O Dr. Artur Ferreira, oncologista do Centro de Oncologia do Hospital 9 de Julho, explica que a doença está entre as causas de morte mais comuns devido à sua gravidade por fatores como o comportamento da doença e ao diagnóstico tardio, reflexo de sintomas iniciais inconclusivos.

O especialista informa que a maioria dos tumores de pâncreas se referem ao subtipo adenocarcinoma (tumor maligno que se origina no tecido glandular do órgão), correspondendo a aproximadamente 85% dos pacientes diagnosticados.

Segundo o Dr. Ferreira, os sinais e sintomas iniciais da doença costumam ser inespecíficos e normalmente não chamam a atenção dos pacientes. Para isso, é importante ficar atento a sinais como:

Icterícia: coloração amarelada da pele e do fundo dos olhos devido à obstrução das vias biliares causada pelo tumor.

Dor abdominal e/ou nas costas: Dependendo do tamanho e da localização do tumor, ele pode atingir terminações nervosas que podem causar dores no abdômen ou na parte dorsal.

Perda de peso não intencional: O câncer de pâncreas pode causar a perda de apetite e episódios de vômito sem motivo aparente, o que pode ocasionar o emagrecimento não intencional somado a fraqueza.

Outro sintoma que pode ocorrer é o escurecimento da urina. “É importante lembrar que isso varia de acordo com o local de surgimento do tumor no pâncreas e deve ser avaliado pelo médico” esclarece o oncologista.

O Dr. Ferreira explica que o tratamento dos tumores de pâncreas está evoluindo. “Estudo recente apresentado mostra que entre os pacientes operados e tratados com uma nova modalidade de quimioterapia adjuvante (feita após a cirurgia de retirada do tumor), há ganhos expressivos de sobrevida, mudando o paradigma de que a doença é rápida e fatal” reforça o especialista.

O médico ressalta que, existem novas modalidades de tratamento como o uso das terapias-alvo, ainda em desenvolvimento para esse tipo de câncer – não utilizadas amplamente. 


“Diferentemente da quimioterapia, as terapias-alvo compreendem um grupo de medicamentos que focam o combate de moléculas específicas” esclarece o médico que reforça que ao se realizar uma abordagem mais assertiva contra o tumor, consequentemente os efeitos colaterais do tratamento tendem a diminuir.

O Dr. Ferreira reforça que algumas alternativas para tentar prevenir a doença são importantes, entre elas não fumar, manter uma rotina de exercícios físicos e controlar o peso evitando assim a obesidade. “Estas medidas ajudam o organismo a se manter mais saudável e pode evitar o câncer de pâncreas” finaliza o médico.

Sobre o Hospital 9 de Julho: 


fundado em 1955, em São Paulo, o Hospital 9 de Julho tornou-se referência em medicina de alta complexidade com destaque para as áreas de Neurologia, Oncologia, Onco-hematologia, Gastroenterologia, Ortopedia, Urologia e Trauma. 

Possui um Centro de Medicina Especializa cda com atendimento em mais de 50 especialidades e 13 Centros de Referência: Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional; Rim e Diabetes; Cálculo Renal; Cardiologia; Oncologia; Gastroenterologia; Controle de Peso, Infusão, Medicina do Exercício e do Esporte; Reabilitação; Clínica da Mulher; Longevidade e de Doenças Inflamatórias Intestinais (CDII). 

Com cerca de 2,5 mil colaboradores e quatro mil médicos cadastrados, o complexo hospitalar possui 470 leitos, sendo 91 leitos nas Unidades de Terapia Intensiva, Centro Cirúrgico com capacidade para até 22 cirurgias simultâneas, inclusive com duas salas híbridas (com equipamento de Hemodinâmica e Ressonância Magnética) e três para robótica, incluindo a Sala Inteligente da Robótica, que permite a realização de cirurgias em sequência.


Fonte: Hospital 9 de Julho (SP)

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