Livro: “Todo mundo merece morrer”, de Clarissa Wolff é retrato da sociedade de hoje
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Esqueça a narrativa padrão que você está acostumado a encontrar na literatura. Clarissa Wolff debuta na Verus e faz do seu “Todo mundo merece morrer” uma trama desconstruída sobre a dualidade do ser humano.
Tudo começou com uma “brincadeira” do marido quando ele foi buscá-la no metrô e sugeriu uma história que se passasse no local. E foi exatamente isso que Clarissa fez.
A cada capítulo, Clarissa entrega diferentes formas de narrativa para apresentar um “sobrevivente” do atentado: desde o padre pedófilo, que conta sua versão tal qual um capítulo da Bíblia, passando pelo grupo de jovens traficantes do colégio, em uma narrativa cheia de gírias e dialetos, até a história em terceira pessoa de uma mãe que odeia o filho porque o marido não a deixou abortar.
“Todo mundo merece morrer” começou a ser escrito em 2014. “Eu acho que essa história foi feita para ser escrita na minha versão durante aqueles anos.”, confessou a autora, que também contou sobre o seu processo criativo, que define como “um quebra cabeças”, onde as peças já chegam prontas em sua mente e só é preciso montar.
Com o livro já pronto para ganhar o Brasil, Clarissa espera que o “Todo mundo merece morrer” traga questionamentos aos leitores:
Clarissa Wolff, 27 anos, é escritora e trabalha com estratégia de conteúdo e comunicação. Além de manter uma coluna sobre literatura na CartaCapital, já escreveu para Rolling Stone, VICE, UOL, Cult e Folha de S.Paulo. Este é seu livro de estreia.