Prefeito de Taguatinga (TO) vai ter que reduzir em 20% despesas com cargos não efetivos
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O prefeito de Taguatinga, Altamirando Zequinha (PV), deverá reduzir em 20% as despesas com cargos em comissão, contratos temporários e funções de confiança, conforme Ação Civil Pública (ACP) ajuizada pelo Ministério Público Estadual (MPE) por ato de improbidade administrativa contra o gestor.
Altamirando Zequinha terá um prazo de 30 dias após a Justiça conceder a liminar ao pedido do MPE, o que ainda não ocorreu.
Em caso de não cumprimento desta possível liminar, o MPE pede que o prefeito seja afastado do cargo.
Recorrente
O Ministério Público vem atuando no caso representado pelo promotor de Justiça Argemiro Ferreira dos Santos Neto, que expediu anteriormente uma recomendação, orientando ao prefeito a tomada de providências para o reenquadramento dos gastos com pessoal ao limite legal.
Segundo o Promotor de Justiça, o descontrole das contas acarretou inclusive o atraso dos pagamentos dos servidores vinculados à Secretaria Municipal de Saúde.
Crescimento nos gastos
O representante do MPE aponta que a irregularidade foi identificada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Ainda de acordo com os dados levantados pela Promotoria de Justiça, a elevação dos gastos ocorreu tanto pelo aumento na contratação de pessoal quanto pelo acréscimo dos salários dos servidores, medidas que não poderiam ser adotadas pela gestão em razão do desenquadramento do limite legal e da falta de previsão na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Em julho de 2017, o município contava com 562 servidores. Em abril de 2018, somavam 706 servidores, segundo consta na folha de pagamento da Prefeitura.
A imprensa tentou contato com o gestor, mas as ligações não foram atendidas.