Ração contaminada mata 13 cavalos no DF e em Formosa (GO)
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A Secretaria de Agricultura (Seagri) do DF emitiu uma nota alertando os criadores de cavalos na região de uma suspeita de ração contaminada que teria sido comercializada em Brasília e no Entorno.
Os casos foram identificados no Gama, em Formosa (GO), Taguatinga, Recanto das Emas e no Núcleo Rural Tabatinga, região de Planaltina.
“Alteração no comportamento dos animais ou mesmo uma desconfiança da qualidade da aveia oferecida como ração deve ser comunicada para que possamos analisar caso a caso”, alerta a subsecretária de defesa agropecuária da Seagri, Danielle Araújo.
Após a pasta ter conhecimento das primeiras mortes dos equinos, uma equipe de técnicos do governo visitou as propriedades para analisar os sintomas clínicos dos animais.
Como o problema no fígado é comum em casos de intoxicação, amostras do alimento oferecido aos bichos foram levadas para análise. Na Universidade de Brasília (UnB), uma equipe de pesquisadores detectou que a ingestão das sementes de crotalária acarretou na contaminação dos cavalos.
Intoxicação
Embora visíveis a olho nu, as sementes dessa planta, pretas e parecidas com feijões pequenos, muitas vezes passam despercebidas pelo criador de equinos. “Os agricultores costumam plantar a crotalária para fixar nitrogênio na terra”, explica a subsecretária de defesa agropecuária.
A crotalária produz uma substância secundária conhecida como alcaloide pirrolizidínico, que ataca diretamente o fígado, envenenando o sangue e sistema nervoso. Os animais podem ser salvos dependendo do porte, resistência e até mesmo da quantidade do consumo da aveia contaminada.
No DF, a população de equinos está em torno de 20,4 mil.
Sintomas:
Anorexia (alimentação seguida de vômitos), agressividade, atordoamento, descoordenação, andar cambaleante, andar a esmo, tristeza, espasmos musculares, mal-estar geral, cabeça baixa, irritação, patas dianteiras em abdução e galope sem rumo
Fonte: CorreioWeb