Casarão de Ana D´Alcântara e Silva é tema de importante artigo de Narcisa Abreu Cordeiro
Um importante artigo publicado na Revista da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás (AFLAG) mostra como a região Nordeste do Estado de Goiás era importante para a Coroa Portuguesa, no século XVIII e depois, no século XIX.
A região de Arraias, Cavalcante e Monte Alegre de Goiás, antigo Chapéu, eram antigas minas de ouro e diamante, e por isso se tornariam vilas.
Uma prova dessa importância da região para a família real está no artigo de Narcisa Abreu Cordeiro, publicado na AFLAG, em 2022.
A autora é historiadora, arquiteta, urbanista, artista plástica e uma figura importante no resgate da história do Nordeste de Goiás, tão esquecida pelo centro de poder do Estado.
Seus artigos e publicações tentam resgatar nomes e personagens importantes dessa região, num trabalho de dedicação e amor que já dura mais de 30 anos. E é preciso que ele seja divulgado e trabalhado em escolas e universidades.
O artigo de Narcisa Abreu conta a história do Casarão de Ana D´Alcântara e Silva.
O imóvel fica localizado na praça da cidade de Monte Alegre de Goiás, tem estilo colonial do século XIX e está ainda em boa conservação.
A autora conta que a casa de D´Alcântara e Silva é um marco histórico na região. A fundação de Monte Alegre data de 1769, com a descoberta das minas de ouro.
Antigamente, o lugar era conhecido como Chapéu, onde foi erguida uma igreja dedicada a Santo Antônio, que deu origem ao nome do povoado Santo Antônio do Morro do Chapéu.
Leia a íntegra do artigo neste link.
No período, mais de 1800 escravos negros foram trazidos pelo colonizador português para trabalhar na mineração.
Não à toa, hoje Monte Alegre de Goiás é berço dos Kalungas, a maior comunidade quilombola do país.
Somados aos milhares de escravos que fugiram do sul da Bahia, a pé, em busca de esconderijo e refúgio, por dezenas de anos, os negros se mantiveram isolados e escondidos nas serras, sertões e cerrados da Chapada dos Veadeiros.