Nossa Chapada: Especialistas apontam efeitos ambientais negativos de pequenas hidrelétricas
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Especialistas apontam que pequenas centrais hidrelétricas instaladas em quantidade numa só bacia podem provocar efeitos ambientais, econômicos e sociais negativos.
Essas usinas são vistas, de forma geral, como tendo baixo impacto sobre o meio ambiente, mas o diretor do Instituto Ecologia e Ação, Alcides Faria, discorda e cita o exemplo do Alto Paraguai, com 52 centrais desse tipo em operação e mais de 100 previstas para serem construídas.
“A atividade que mais gera trabalho e renda no Pantanal é a pesca, mas quando você constrói uma represa, qual a consequência mais imediata?
Especialistas ouvidos pelas comissões propõem que seja feita uma avaliação ambiental estratégica em todas as bacias.
Pesca e Turismo
Representando a Frente Parlamentar Ambientalista, o deputado Nilto Tatto (PT-SP) reforça a ideia de que essas hidrelétricas, apesar de serem de pequeno porte, podem ter um impacto negativo sobre o meio ambiente e consequentemente sobre a comunidade local.
“Se diminui drasticamente o volume de peixe dos rios, há consequência disso aí para os pescadores, para o turismo, porque muitas dessas bacias hidrográficas têm uma atividade econômica muito forte do turismo de pesca”, destacou.
Por outro lado, o presidente da diretoria-executiva da Associação Brasileira de Pequenas Centrais Hidrelétricas, Paulo Arbex, reclamou que o governo brasileiro dispensa tratamento prejudicial às centrais hidrelétricas.
Para Arbex, os verdadeiros problemas das bacias hidrográficas brasileiras não são as centrais hidrelétricas, mas sim o excesso de lixo, as mudanças climáticas e o desmatamento às margens dos rios e em áreas de drenagem.