Almas (TO) comemora seus 61 anos de emancipação em grande estilo e participação da Comunidade
Uma noite que ficará marcada para a população almenses, quando o município completou seus 61 anos de emancipação política e independência administrativa, a comunidade de Almas, comemorou na noite desta sexta-feira (13) e quinta-feira (14).
No virar do relógio a meia-noite, quando a Banda Municipal subiu ao palco para apresentar sua homenagem a aniversariante.
O deputado estadual Nilton Franco representou os deputados federais Carlos Gaguim e Vicentinho Júnior.
HISTORIA DE ALMAS
Existem relatos que por volta de 1610 a 1730, com as Bandeiras e as Missões Religiosas, presentes no interior do Brasil, estas passaram por esta região particularmente pelo local onde hoje sedia a cidade de Almas, onde já existia Aldeias de Índios.
Mas a história registra, que foi em 29 de setembro de 1734, a chegada ao lugar dos primeiros moradores de fato, tendo à frente o português Manoel Ferraz de Araújo, que percorria a região a procura de ouro.
Em 1798, a Rainha D. Maria I determinou a extinção desse cargo, unificando-o com o cargo de “Fiel de Registro”. Almas teve seu posto, denominado “Contagem das Almas”, que foi mencionado pelo Padre Luiz Antônio da Silva e Sousa, mas este posto já existia em 1780.
Em 1710, chegaram nesta região os Bandeirantes para fazer exploração de ouro. Para o município de Almas – TO, veio o Bandeirante Bernardo Homem, que explorou ouro utilizando mão–de-obra escrava, tanto dos negros trazidos da Bahia e Pernambuco, como dos Índios que viviam na Aldeia.
Apesar de ter chegado ao local depois do português Manoel Ferraz de Araújo, o português Bernardo Homem é considerado o fundador do município, construiu a primeira igreja católica, trazendo de Portugal várias imagens sacras, inclusive a de São Miguel, pois era costume dos bandeirantes, levarem para cada povoado que surgia uma imagem Sacra para abençoar os novos povoados. Ele deu o nome ao local de Arraiá de São Miguel das Almas.
Com o evento da Independência do Brasil, em 1822, Bernardo Homem e seus escravos garimpeiros foram obrigados a abandonar as minas de ouro do Arraiá de São Miguel das Almas, e regressarem a Portugal, por ordem da Corte, conduzindo somas altíssimas em arroubas de ouro.
Terminada a fase febril da extração do ouro, o povoado entrou em decadência por um longo tempo. A recuperação demográfica e econômica somente aconteceu décadas depois com a introdução e criação de gado em algumas fazendas do município.
Este município, de acordo com o livro Geografia Histórica da Província de Goiás, de Raimundo José da Cunha Matos, consta que está a 14 (quatorze) léguas ao oriente da Natividade: consta 73 casas humildes; Igreja de São Miguel mui pobre.
Na época, o ouro, o que por motivo de sua cor parda chamaram de podre, foi motivo de imensas desordens no tempo do Governo de Tristão da Cunha e Menezes. Riqueza imensa foi encontrada no Arraial de São Miguel e Almas e nas terras de D. José de Matias, ainda pelo Bandeirante Bernardo Homem.
Distrito criado com a denominação de Miguel e Almas, pela lei provincial nº 15, de 10-11- 1854, subordinado ao município de São José do Ouro.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Miguel e Almas, figura no município de São José do Ouro.
Pela lei estadual nº 428, de 21-06-1913, o distrito de Miguel e Almas foi transferido do município de São José do Ouro para o município de Natividade.
Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, o distrito de Miguel e Almas, figura no município de Natividade.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pela lei estadual nº 557, de 30-03-1938, o distrito de Miguel e Almas tomou a denominação simplesmente de Almas.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, figura no município de Natividade o distrito de Alma (ex-Miguel e Almas).
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1955.
Elevado à categoria de município com a denominação de Almas, pela lei estadual nº 2.094, de 14-11-1958, desmembrado de Natividade. Sede no antigo distrito de Almas. Constituído de 2 distritos: Almas e Rio da Conceição, ambos desmembrados do município de Natividade. Instalado em 01-01-1959.