Juiz marca julgamento de PMs réus por mortes na Chapada dos Veadeiros

As audiências de instrução e julgamento dos sete policiais militares acusados de assassinar quatro homens e forjar um confronto na região da Chapada dos Veadeiros, foram marcadas para acontecer entre os dias 11 e 15 de julho.

O caso ocorreu em 20 de janeiro deste ano.

Os sete militares estão presos preventivamente desde fevereiro, o que influencia na maior rapidez do processo.

Alan Pereira Soares, de 27 anos, Ozanir Batista da Silva, 46, Antônio Fernandes da Cunha, 35, e Salviano Souza Conceição, 63, foram mortos com 58 tiros, sendo 40 de fuzil, disparados pela PM em uma fazenda de Cavalcante (GO), nordeste do estado.

As audiências foram marcadas pelo juiz Rodrigo Victor Foureaux no último dia 19 de maio.

Durante cinco dias serão ouvidas 27 testemunhas e os sete acusados passarão por interrogatório. Parte dos depoimentos são sigilosos, já que essas testemunhas temem retaliação e alguns chegaram a ser intimidados após o crime, de acordo com o Ministério Público.

Para garantir o sigilo, há regras específicas para esses depoimentos.

O Judiciário deu um prazo para que o Fórum de Cavalcante providencie um sistema que modifique a voz da testemunha sigilosa. Além disso, o depoimento sigiloso será dado exclusivamente por videoconferência, em um único dia e com permissão reduzida de pessoas que poderão acompanhá-lo.

Investigação

A equipe da Polícia Militar acusada das quatro mortes faz parte do Grupo de Patrulhamento Tático (GPT) de Niquelândia.

Inicialmente, os militares falaram que no local havia entre 500 e 600 pés de maconha. No entanto, a perícia revelou que só tinha quatro plantas do tipo.

Ainda segundo a perícia, os militares alteraram a cena do crime para dificultar a investigação. Segundo o Ministério Público, os quatro homens foram rendidos pelos policiais e em seguida executados.

Os advogados dos policiais entraram com um recurso, pedindo a absolvição dos militares, mas o Judiciário não atendeu. Eles alegam que não houve a individualização da conduta dos militares no momento das mortes.

Com texto do site Metrópoles

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