Putin sob pressão: alto comando das tropas da Rússia sofre, ao menos, três baixas em guerra na Ucrânia

A morte do vice-comandante do 41º Exército de Armas Combinadas da Rússia, major-general Andrei Sukhovetsky, foi confirmada na quinta-feira (3).

Ele é o membro de mais alto comando da força de invasão a perder a vida após nove dias de guerra entre Rússia e Ucrânia.

Autoridades ocidentais também disseram que um comandante de divisão e um comandante de regimento foram mortos, no que foi descrito como um desenvolvimento “surpreendente” resultante de uma falha nos sistemas de comando e controle.

Acredita-se que os oficiais superiores possam ter se mudado de posições na retaguarda para locais incomumente expostos na linha de frente em uma tentativa de impor sua autoridade pessoal em um avanço fraco, que foi assolado por problemas logísticos e resistência feroz das tropas ucranianas.

Mudança de plano

Nos últimos dias, o exército de Putin mudou o plano inicial de tomar a Ucrânia rapidamente para uma tática de bombardeio mais cautelosa e brutal, que custou muitas vidas de civis.

Nas últimas 24 horas, houve uma enxurrada contínua de ataques aéreos e de artilharia contra cidades ucranianas, incluindo áreas residenciais, bem como a usina nuclear de Zaporizhzhia.

Segundo fontes ouvidas pela reportagem, esta é uma consequência das dificuldades logísticas enfrentadas pelo exército russo, bem como da forte resistência ucraniana.

Os primeiros dias da invasão demonstraram graves deficiências no planejamento e execução do exército russo de uma operação que é maior do que muitos dos envolvidos já treinaram, disse o funcionário.

Congestionamento

O comboio de 40 milhas de veículos blindados ao norte de Kiev tornou-se efetivamente “um enorme engarrafamento”, praticamente imóvel por vários dias e vulnerável a ataques das forças ucranianas.

A grande escala – e a presença de veículos abandonados e destruídos – dificultou a movimentação de suprimentos vitais e unidades de engenharia.

É nessas circunstâncias que os oficiais superiores parecem ter se sentido obrigados a se aventurar, disse um oficial ocidental.

“A razão pela qual isso está acontecendo é que os comandantes sentem que precisam avançar mais para obter maior ímpeto e controle sobre as operações. Acho que isso é uma indicação de um grau de frustração pela falta de progresso”, disse.

Fonte: Agência AP Associated Press/Yahoo

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