Goiás não irá exigir prescrição médica para vacinação contra covid-19 a crianças de 5 a 11 anos

Em Goiás, não haverá a exigência de prescrição médica para imunização de crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19. A afirmação é do secretário de Estado de Saúde, Ismael Alexandrino.

A SES-GO não vai exigir receita médica. Já foi autorizada pela Anvisa e é segura”, assegurou Alexandrino, com a ressalva de que a pasta segue a posição do Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass), entidade na qual é vice-presidente. O direcionamento vai contra à exigência do Ministério da Saúde e a favor da ampliação da imunização.

Recomendação

Após abrir uma consulta pública para avaliar a vacinação infantil contra a covid-19 no País, o ministro Marcelo Queiroga disse, na última quinta-feira, 23, que o governo federal irá vacinar crianças de 5 a 11 anos, porém com a requisição de prescrição médica, além de um termo de consentimento assinados pelos pais. 

Entretanto, na última sexta-feira, 24, após reunião entre os secretários estaduais de Saúde, o Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass) divulgou uma “carta de Natal às crianças do Brasil”, confirmando que nenhum Estado exigirá prescrição médica para a imunização infantil contra a covid-19.

Segundo Queiroga, o modelo adotado na Alemanha é o ideal. Ele afirma que, no país, crianças com comorbidade reconhecida pelos médicos têm prioridade, mas depende de autorização do responsável. “Para as sem comorbidades, há necessidade de prescrição médica”, disse, em entrevista na sede do Ministério da Saúde. 

“O documento que vai ao ar é um documento que recomenda a vacina da Pfizer. Nossa recomendação é que não seja aplicado de forma compulsória. Essa vacina estará vinculada à prescrição médica, e a recomendação obedece às orientações da Anvisa”, acrescentou o ministro. A Anvisa, no entanto, informou que não está nas recomendações da agência que a vacina só possa ser aplicada em crianças após prescrições médicas.

Aval

O uso do imunizante Pfizer foi autorizado pela Anvisa a crianças de 5 a 11 anos, no último dia 16. De acordo com a farmacêutica americana, a vacina é segura e reduz em mais de 90% as infecções pelo coronavírus. A vacina já está autorizada para crianças também nos Estados Unidos e países da União Europeia.

A ressalva, porém, é para que a dosagem a este público seja menor do que a utilizada por pessoas maiores de 12 anos, representando cerca de 1/3 da formulação aprovada no país.

Além da área técnica, especialistas das sociedades brasileiras de Infectologia (SBI), de Imunologia (SBI), de Pediatria (SBP), de Imunizações (SBIm) e de Pneumologia e Tisiologia participaram da avaliação.

Fonte: Governo de Goiás

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