Índice de Popularidade Digital (IPD) mostra Bolsonaro estável, Lula em ascensão e Moro despontando no terceiro lugar
Cálculo tem como base conteúdo digital de Twitter, Facebook, Instagram, Wikipedia, YouTube e Google e avalia buscas e interações nas plataformas
Realizado a partir das interações nas redes sociais entre os 1º e 16 de novembro, O Índice de Popularidade Digital (IPD) produzido mensalmente pela Quaest mostra novidades na corrida eleitoral para a Presidência da República.
Com um discurso menos inflamado e uma base consolidada nas plataformas, o presidente Jair Bolsonaro se manteve estável, sempre em torno de 58 pontos, na liderança das interações nas redes.
Porém, pela primeira vez, foi ultrapassado, no dia 15 de novembro, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ficou 1,37 ponto acima do que o atual presidente. Na terça, último dia da pesquisa, Lula alcançou 63,9 pontos, enquanto Bolsonaro ficou com 57,9 pontos. Entre o início e o fim da pesquisa, Lula cresceu 27,8 pontos
“Esse estilo mais calado está contribuindo para manter Bolsonaro no pelotão de cima, mas sem grandes volatilidades, como costumava acontecer com ele no IPD nos últimos tempos”, analisa Felipe Nunes, cientista político e diretor da Quaest. “Já no caso de Lula, a repercussão majoritariamente positiva do giro europeu está relacionada à elevação de pontuação”
O ex-juiz Sérgio Moro também teve destaque no IPD. Na terça-feira (16), quando o relatório foi concluído, ele apareceu em terceiro lugar, com 30,7 pontos, à frente do ex-ministro Ciro Gomes (PDT), com 28,9 pontos.
A filiação ao Podemos e o discurso de pré-candidato à Presidência contribuíram para os bons resultados de Moro. Ciro, que tem uma forte estratégia nas redes, manteve-se no patamar entre 28 e 30 pontos.
“Moro assumiu a terceira colocação no IPD e teve uma evolução considerável, principalmente se lembrarmos que, no dia 25 de outubro a pontuação dele era de 17,2.
Sua candidatura tem chamado a atenção e gerado engajamento e mobilização digital”, avalia Felipe Nunes. “Se isso vai se manter, é outra história. É bom lembrar que outros políticos já obtiveram performance similar em momentos específicos, mas nenhum deles conseguiu sustentar esse bom desempenho por muito tempo”.
Sobre o IPD
O Índice de Popularidade Digital (IPD) surgiu de pesquisas desenvolvidas pelo grupo de estudos do professor Felipe Nunes (Ph.D.), conduzidas na UFMG desde 2017, que mostram uma relação direta e positiva entre comportamento político em redes sociais e comportamento eleitoral. Com esses resultados, a Quaest desenvolveu um algoritmo de inteligência artificial, o IPD, para monitorar a popularidade digital de atores políticos e marcas a partir de 152 variáveis coletadas via Twitter, Facebook, Instagram, YouTube, Wikipedia e Google. O IPD é um indicador que varia de 0 a 100.
Sobre a Quaest
A Quaest é uma empresa de inteligência de dados que alia rigor científico e tecnologia para gerar insights que levem os clientes a tomar decisões estratégicas informadas. Com 6 anos de experiência em campanhas políticas presidenciais, estaduais e municipais, reúne um time de doutores e mestres das mais diversas áreas do conhecimento.
O fundador e presidente da Quaest é Felipe Nunes, Ph.D. em ciência política e mestre em estatística pela Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA), professor da UFMG e presidente do Centro de Estudos Legislativos. Ele é o inventor do Índice de Popularidade Digital (IPD).