Mais de 110 trabalhadores em situação de escravidão são resgatados em Água Fria de Goiás

Uma operação resgatou 116 trabalhadores que estavam em condição análoga à escravidão em uma fazenda de Água Fria de Goiás. Entre eles estavam adultos, adolescentes e crianças.

Os trabalhadores faziam a extração de palhas de espigas de milho para a produção de cigarros. O grupo recebia R$5 por quilo de palha recolhido e tinha descontado os valores dos equipamentos de trabalho e roupas.

As vítimas haviam sido aliciadas nos estados de Maranhão, Minas Gerais, Piauí e São Paulo.

O grupo não possuía contrato de trabalho e salário. Eram oferecidas duas marmitas por dia, basicamente com arroz e um pouco de carne. Algumas pessoas estavam tossindo, com gripe e não foram vacinadas contra a Covid-19. Trabalhadores também estavam com lesões nas articulações devido ao movimento repetitivo da atividade.

Segundo os fiscais a empresa foi notificada para formalizar os contratos de trabalho e pagar todos os diretos trabalhistas do período.

O valor chega a R$ 900 mil.

A empresa deverá alojar os trabalhadores em local digno até que sejam pagos todos os salários e verbas rescisórias. Os trabalhadores também vão receber um Seguro-desemprego para Trabalhador Resgatado no valor de três salários mínimos.

A ação durou do dia 13 a 19 de outubro e foi realizada pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), que é composto pelo Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO), Ministério do Trabalho e Previdência, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Defensoria Pública da União (DPU).

Fonte: O Popular

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