Em pronunciamento, Caiado rompe com Bolsonaro e diz que não é gripezinha e não se deve receitar cloratina na porta do palácio
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), fez pronunciamento (íntegra do pronunciamento) na manhã desta quarta-feira (25) e rebateu as colocações feitas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido) na noite de terça (24).
Ronaldo Caiado disse que cada um precisa assumir a sua responsabilidade e reconhecer seus erros.
O governador disse que as colocações do presidente causam a ele indignação. Para ele, Jair minimizou o problema utilizando termos como “um resfriadinho, uma gripezinha”, para se referir ao vírus que causou pandemia, reconhecida pela grande maioria dos países do globo.
Caiado diz que conversará com Bolsonaro apenas por comunicados oficiais. O governador declarou que esta foi uma decisão pessoal dele e nem mesmo chegou a conversar com os familiares mais próximos sobre o assunto.
Saúde
O governador relatou que não atenderá o Governo Federal no que se refere ao combate do coronavírus e que em Goiás seguirá as recomendações feitas pela Organização Mundial da Saúde.
Caiado insistiu por várias vezes que o decreto dele vai prevalecer em Goiás. “Os líderes têm que saber se pronunciar neste momento”, reforçou o governador.
O governador detalhou que é um homem de posição firme, mas sempre se submeteu a vontade da maioria.
Caiado relatou que saberá “modular, calibrar, corretamente as decisões que precisam ser tomadas”.
Regime de Recuperação Fiscal (RRF)
Questionado pelo Mais Goiás sobre as consequências da posição dele para ingresso no Regime de Recuperação Fiscal (RRF), o governador relatou que até hoje não houve nenhuma solução prática dada ao Estado pelo Governo Federal e que Goiás está sobrevivendo por meio de liminares concedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Outros atores políticos
Questionado se conversou com outros governadores a respeito da posição dele, Ronaldo Caiado disse que não, reforçou que se trata de uma atitude pessoal.
Economia x Saúde
O governador disse que pode aliar a questão econômica com a Saúde das pessoas, mas que “cabe ao líder saber conduzir o seu povo, criar condições para minorar as dificuldades. Teremos sim dificuldades sociais”, relatou.
Caiado disse que não me vai se acovardar diante desse momento. Mas que o situação exige de um líder humildade, mas também a serenidade que a crise exige. Ele argumentou que para um líder, “a ignorância não é uma virtude”.
Repercussão
Enquanto Caiado concedia a coletiva, teve início,, ao vivo, uma mobilização digital de apoiadores do presidente contra o governador.
Com texto de Tainá Borela/Mais Goiás
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