Está sendo avisado: confinamento contra epidemia protege a economia, mostra estudo
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As cidades que adotam quarentenas durante uma pandemia, mais cedo e por mais tempo, recuperam sua atividade econômica mais rapidamente do que as outras.
É o que mostra estudo preliminar publicado ontem na revista SSRN.
Os autores usaram dados de 43 cidades dos Estados Unidos nos anos da Gripe Espanhola, que começou em 1918.
“Descobrimos que as cidades que intervieram mais cedo e mais agressivamente não têm desempenho pior, e até crescem mais rápido quando a pandemia acaba”, escreveram.
“Nosso estudo indica que as intervenções não apenas reduzem a mortalidade; elas também mitigam as consequências econômicas adversas de uma pandemia”.
O gráfico abaixo, retirado do estudo, mostra diferentes cidades americanas. As cidades marcadas de verde adotaram medidas como quarentenas por mais tempo; as de vermelho, menos.
Como se vê, as cidades “verdes” sofreram não apenas menor mortalidade, mas também menos danos à atividade econômica.
As intervenções usadas na pandemia de 1918 são muito parecidas com as de hoje: o fechamento de escolas, teatros e igrejas; a proibição de aglomerações públicas e velórios; as quarentenas de casos suspeitos, e a restrição do horário comercial.
“Com todo o resto mantido igual, as intervenções constrangem as interações sociais e portanto a atividade econômica dependente delas.
Entretanto, em uma pandemia a atividade econômica também é reduzida na ausência de tais intervenções, já que os domicílios reduzem o consumo e a oferta de trabalho para reduzir a chance de serem infectados.
Assim, embora as intervenções reduzam a atividade econômica, elas podem resolver problemas de coordenação associados ao combate contra a transmissão da doença e mitigar os danos econômicos relacionados à pandemia”.
Segundo o estudo, reagir 10 dias antes das outras cidades aumenta o emprego na indústria em 5% no período pós-pandemia. Aumentar a duração da intervenção em 50 dias aumenta o mesmo emprego em 6,5%.
Com informações do Antagonista