Após a morte de Lázaro, é hora de discutir o posse e porte de armas, principalmente em fazendas
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Lázaro entrou numa chácara de Ceilândia (DF) e trucidou uma família de forma cruel e bárbara.
Além de matar o pai e os dois filhos adolescentes a golpes de faca, sequestrou a mãe. Passou quatro dias com ela no matagal e a matou de forma covarde.
Cortou o cabelo, estuprou inúmeras vezes. Depois a degolou e jogou seu corpo, todo esfaqueado, dentro de um córrego.
Maldade não faltou ao criminoso.
O caso Lázaro traz de volta a discussão sobre a posse e o porte de armas, principalmente em fazendas.
Por mais de uma vez já me posicionei sobre o tema.
Por um lado, há os esquerdistas, que querem desarmar todo mundo, menos os bandidos. Querem proibir a posse e o porte até para moradores da zona rural, extremamente vulneráveis, como mostra o caso Lázaro.
Por outro lado, há os bolsonaristas, extremados à direita, que querem armar todo mundo, até aqueles indivíduos notadamente incapazes de portar qualquer arma de fogo. Principalmente em grandes cidades.
Em posse de uma pistola ou qualquer do gênero, esse tipo de gente não hesita em matar outra pessoa, numa simples briga de trânsito, em discussões banais ou até mesmo a própria mulher e filhos nos recorrentes casos de feminicídio ou violência doméstica.
Minha posição é intermediária, de temperança.
Não se deve abrir posse e porte de arma a qualquer maluco, que pensa ter autoridade pessoal para sair atirando ou ameaçando gente do povo.
Por outro lado, não se pode deixar vulneráveis pessoas que precisam de uma arma para se defender dos “Lázaros” da vida, como moradores de zona rural, vigilantes, pessoas com provas psicológicas e psiquiátricas de que tem condições de portar uma arma.
A vida em sociedade é complexa e nada é absoluto. A lógica aristotélica é a melhor referência. O meio termo sempre é a melhor opção.