Incrível: Maria Lídia, “a clandestina Nô”, é resgatada viva aos 100 anos, em Colinas do Tocantins
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Ela abandonou uma família em São Paulo para lutar contra a ditadura, viveu na clandestinidade por mais de 4 décadas em Colinas do Tocantins até ser descoberta ao precisar fazer um exame de corpo de delito após tentativa de roubo; Maria Lídia volta pra casa.
Nô foi encontrada dentro da casa, a imundície gerada pelo lixo acumulado assomava-se por todos os cômodos. A cobertura com inúmeras telhas quebradas mostrava que chovia ali dentro. As janelas todas com vidros estilhaçados e sem trancas.
Dezenas de sacolas de supermercado e sacos de lixo amontoados em um canto dividiam espaço com uma velha cadeira de praia, único assento do lugar. Uma velha escrivaninha de madeira, sem gavetas, amparava uma antiga televisão de tubo, eivada de chumbo. Na sala, uma geladeira inutilizada e desnivelada.
Militantes dos movimentos de resistência das décadas de 60 e 70 não reconhecem Maria Lídia. E nem Maria Lídia revela quanto tempo militou contra a ditadura, quem eram seus superiores, ou quais destacamentos ou missões participou.
José Dirceu, líder estudantil entre 1965 e 1968, e um dos militantes que viveram clandestinamente durante a ditadura a partir de 1975, não a reconheceu e frisou que as células dos militantes eram autônomas e não era incomum militantes serem desconhecidos entre si.
Maria Lídia sustenta, convicta, ser uma das fundadoras do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), após a divisão dos comunistas em 1962 no país.
Em outro momento, ela também diz ter atuado na parceria da ALN com o MR-8 (Movimento Revolucionário Oito de Outubro).
Leia a íntegra na linda reportagem no Jornal do Tocantins