Artigo: COVID-19, SARS, H1N1 – o que estas doenças têm a nos dizer sobre os problemas ambientais?
Há grandes especulações sobre a origem do coronavírus. Alguns dizem que o vírus veio de morcegos, outros mencionam o pangolim — um animal que vive na região da China e cuja carne e pele são altamente apreciados pela gastronomia local, além de suas possíveis propriedades afrodisíacas.
Independentemente de valores culturais e éticos de alguns povos, vale ressaltar que a natureza é uma grande caixa-preta de microrganismos que nem sequer sabemos (ainda) que existem.
Estudos publicados nos últimos 15 anos mostravam que havia enorme tendência do surgimento de novas doenças em função do tipo de alimentação de algumas populações, da destruição de habitats dos animais silvestres, do desmatamento, do crescimento populacional desordenado, da pobreza e do aquecimento global.
Por outro lado, temos uma boa notícia em meio ao caos. Podemos notar uma recuperação, uma sobrevida da natureza, mostrando sua enorme capacidade de resiliência.
O que podemos fazer para evitar situações como essas? Potencializar a comunicação entre ciência/cientistas com a população em geral.
É sempre bom lembrar que nós, cidadãos, somos corresponsáveis pela disseminação da doença e, portanto, devemos nos cuidar e também pensar de forma coletiva.
Autor: Rodrigo Silva é biólogo, doutor em Ciências e coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental do Centro Universitário Internacional Uninter