Servidores da Justiça Federal fazem paralisação de 48 horas

Por Sheila Tinoco, coordenadora do Sindjus

Mais
de 600 servidores do Judiciário atenderam ao chamado do Sindjus (sindicato da categoria) e
participaram de um grande ato na tarde desta quarta-feira (13) em
frente ao Palácio do Supremo Tribunal Federal, coroando o primeiro dia
da paralisação de 48 horas, aprovada durante assembleia do dia 06 de
junho. 

O ato mesclou a indignação dos servidores com o impasse em torno
da aprovação do PL 6613/09 e a apresentação da quadrilha “Pau Melado”,
de Samambaia. 

Afinal, hoje, dia 13 de junho, é dia de Santo Antônio, um
dos santos celebrados nas festas juninas.


O coordenador do Sindjus,
Jailton Assis, mostrou-se confiante no que se refere à conquista do
reajuste. 

“Estamos confiantes que teremos revisão salarial”, afirmou
após a caminhada pela Praça dos Três Poderes que paralisou parte da
pista em frente ao Palácio do Planalto, chamando a atenção dos Três
Poderes e da sociedade para a nossa reivindicação.


Com as palavras
de ordem “Servidores na rua. Dilma a culpa é sua” e “PCS já ou a
Justiça vai parar”, os manifestantes permaneceram por cerca de duas
horas na Praça. 

Durante este período, o diretor-geral, Amarildo
Oliveira, e o secretário-geral da Presidência do STF, Anthair Edgard,
foram até a nossa manifestação pedir para reduzir o barulho.


“Nas
inúmeras manifestações que fiz aqui nunca havia visto duas importantes
autoridades descerem até nossa manifestação para dizer que estamos
atrapalhando a sessão. Essa é aprova de que atingimos o nosso
objetivo”, disse a delegada sindical Cristina Vidal.


Direção do movimento cobra resultado das autoridades


A direção do movimento aproveitou as presenças ilustres para
informá-los que precisam de uma resposta do presidente Ayres Britto
quanto a negociações em torno do PL 6613/09, que está parado na
Comissão de Finanças da Câmara dos Deputados desde 2010. Os
coordenadores Jailton Assis e Jean Loyola falaram com Amarildo e com
Anthair na própria Praça dos Três Poderes. 

Deixaram claro que o
movimento espera uma sinalização positiva do STF antes do início do ato
desta quinta-feira (14), quando será votado em assembleia o indicativo
de greve.


Paralisação é um sucesso 


Segundo balanço realizado
ao final desta quarta-feira, a paralisação das atividades em alguns
fóruns do DF chegou a 70%. 

Na Vara de Execuções penais, segundo
informou Cristina Vidal, somente o efetivo necessário de cada área
trabalho no dia de hoje. “Foi excelente o resultado alcançado neste
primeiro dia de paralisação. Mais de 70% dos servidores pararam”,
declarou a delegada. 


Ato tem cobertura da grande imprensa


O
site do Correio Braziliense, com reportagem de Ana Carolina Dinardo,
publicou matéria referente ao nosso ato, destacando a luta e a
mobilização da nossa categoria. 

A reportagem esclarece o motivo da
nossa mobilização e informa que amanhã realizaremos uma assembleia para
decidir o futuro do nosso movimento grevista. 

Traz também uma fala da
coordenadora Sheila Tinoco, que destacou que mesmo com o envio da
previsão orçamentária pelo STF ao Ministério do Planejamento na última
sexta-feira os servidores não têm garantia alguma de que seu projeto
será aprovado. Para ler a matéria na íntegra, clique AQUI.


Paralisação cobra acordo


A paralisação dos servidores cobra das autoridades competentes
celeridade na negociação que levará à aprovação do PL 6613/09, que há
dois anos está estacionado na Comissão de Finanças e Tributação. Para o
PL 6613 andar, segundo informou o coordenador-geral do Sindjus, Cledo
Vieira, é preciso que seja firmado um acordo concreto entre o
Judiciário e o Executivo. 


“Os servidores estão há seis anos sem
reajuste devido ao tratamento desrespeito que a presidenta Dilma tem
dispensado a nossa categoria. Ela simplesmente tem se negado a cumprir
com a Constituição. 

Com isso, vem deliberadamente sucateando o Poder
Judiciário”, afirmou Cledo Vieira.


No momento, a maior
reivindicação dos servidores é de que o presidente Ayres Britto informe
o que está sendo negociado, qual o calendário de aprovação. 


“Queremos que ele consiga fazer o PL andar. Passamos 2010 e 2011
confiando e queremos agora algo de concreto. 

Falta transparência a essa
negociação. Os servidores tem o direito de saber o teor dessas
conversas entre presidentes”, destacou a coordenadora de Administração
e Finanças do Sindjus, Ana Paula Cusinato.


Nesta quinta, ato e assembleia no STF


Nesta quinta-feira (14), todos os 600 servidores se comprometeram a
levar mais 5 pessoas para o ato-assembleia que tem concentração marcada
para às 15h, em frente ao Supremo. 

É importante também que todos se
lembrem da importância de participar e reforçar os piquetes no início
do expediente. 

O primeiro dia de paralisação foi bom. No entanto, cada
servidor deve trabalhar para que o segundo dia seja ainda melhor. 

Com
muita garra, participe e faça a diferença nessa paralisação.

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