Goiás dá mau exemplo ao Brasil
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Mais uma vez Goiás dá mau exemplo e envergonha o país.
Se não bastassem os escândalos de corrupção; figuras do tipo Carlinhos Cachoeira; Demóstenes Torres; Delúbio Soares; denúncias de desvio na secretaria de saúde ; promoção de PMs por dinheiro; Juquinha, Valec e mensalão do PR…
Agora a denúncia da vez é contra seis conselheiros do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO), que são alvos de representação por suposta prática de nepotismo (emprego de familiares).
São este conselheiros que julgam se as contas do governador, dos juízes, deputados estaduais e de toda a administração pública estadual estão em ordem, corretas, limpas…
O Ministério Público Federal em Goiás e o Ministério Público de Contas apontam que mulheres, filhos, noras e sobrinhos dos conselheiros foram contratados em cargos comissionados para atuarem no tribunal.
Os responsáveis pela representação são os procuradores da República Cláudio Drewes, Marcello Wolff, Helio Telho e o procurador de Contas Fernando Carneiro.
Eles denunciam a prática de nepotismo, nepotismo cruzado e acumulação indevida de cargos em comissão pelos seis conselheiros e 16 servidores.
Apenas o conselheiro Celmar Rech não teria nenhum familiar na instituição.
Os demais seis conselheiros, incluindo o presidente do TCE, Edson José Ferrari, e a vice-presidente, Carla Santillo, estariam praticando nepotismo.
Os demais apontados são o corregedor-geral Gérson BulhÍ es Ferreira, Milton Alves Ferreira, Sebastião Tejota e Kennedy Trindade.
Entre os familiares contratados em cargos comissionados estão a mulher do presidente do TCE, Maria Graça Silva e a irmã da vice-presidente, Elídia Célia Santillo Gomes.
O corregedor-geral Gérson Bulhões teria apadrinhado a filha Ilana Fróes Ferreira e dois sobrinhos Henrique Argeu de Brito Fróes e Rodrigo de Brito Fróes.
Parece que os agentes públicos em Goiás ainda não entenderam que a sociedade está mudando; que o cidadão exige mais transparência, ética e probidade; que as pessoas querem que a coisa ande honestamente.
A sequência de notícias negativas relacionadas à política goiana e publicadas na imprensa nacional é constrangedora para Goiás, diz o cientista político Itami Campos, um do mais respeitados do estado.
Ele é Doutor em Política pela USP, pró-reitor da UniEvangélica, professor aposentado UFG e autor do livro “Coronelismo em Goiás”.
“Eu não sei qual será a reação dos eleitores nas urnas diante desse quadro que se coloca”, afirma o cientista político.