Jovens estudantes de Campos Belos se qualificam na Europa


Jovens de Campos Belos têm saído da cidade para estudar e se qualificar no exterior, principalmente em países europeus.

Um desses estudantes conterrâneos é Samara Mateus. Estudante de Engenharia Ambiental da UFT, Samara  estaria cursando o 8°período caso não tivesse optado por dar continuidade aos estudos em Roma, Itália.

Desde agosto ela compõe o corpo discente da Università degli Studi di Roma – La Sapienza, onde permanece até julho de 2013.

Samara participa do programa Ciência sem Fronteiras. 
O programa é uma grande oportunidade para que jovens brasileiros estudem fora do país.  

Dois outros campos-belenses estão na Europa, participando do mesmo programa educacional. 

Um deles é Lucas,  filho de “Zu” e “Ademar”, neto de “D. Fausta” e “Seu Matias” e Paulo Henrique, filho de “Pedro Leiteiro”, que está fazendo Doutorado, também no exterior. 


A seguir, leia a entrevista que Samara Mateus concedeu a Grabriela Lago, de o Bagageiro, da Universidade Federal do Tocantins (UFT). 

B: Porque resolveu realizar um intercâmbio?
S: Devido à oportunidade de adquirir conhecimento, conhecer uma nova cultura e uma nova língua.
B: Como resolveu o problema do idioma? Como tem sido estudar em outro idioma?

S: Quando me inscrevi não possuía nenhum conhecimento da língua italiana. Mas assim que eu tive o processo deferido iniciei um curso intensivo que durou aproximadamente dois meses. Depois que chegamos na cidade de Roma, nos foi ofertado um curso de três semanas, que me deu base para começar a participar das aulas. Continuo estudando e a língua já não é mais um grande empecilho. Agora procuro me dedicar mais à faculdade e tento acompanhar o ritmo de estudos daqui.
B: Quais diferenças você percebeu entre as Universidades e no Ensino?

S: São várias diferenças, mas o que mais me chamou a atenção foi o respeito dos alunos para com o professor e o interesse e dedicação dos mesmos. A maioria dos estudantes é bastante disciplinada e interessada, inclusive durante as aulas. Eles gravam as aulas, escrevem tudo o que os professores dizem e fazem fila para esclarecer suas duvidas depois das explicações.
Na Universidade que estudo não é necessário fazer matricula para participar das aulas, feita somente para a realização das provas, o que causa um pouco de tumulto nas primeiras semanas de aula. As provas possuem várias datas em que podem ser realizadas a critério do professor, variando de duas a quatro datas em meses diferentes.
B: Explique um pouco do seu projeto. Como funciona o programa? O que tem feito?

S: Pela manhã, tenho aula de segunda-feira a quinta-feira na faculdade e à tarde faço curso de italiano. Ainda não me inscrevi em projeto de pesquisa, pois achei melhor faze-lo no segundo semestre devido todo o processo de adaptação. O estágio oferecido não necessariamente precisa ser desenvolvido em laboratório, são disponibilizados estágios profissionalizantes em empresas nacionais.
B: Teve dificuldades de adaptação? O que foi mais difícil?

S: O mais difícil foi o processo de “instalação” em um país estrangeiro. Assim como o Brasil, a Itália é bastante burocrática e assim que chegamos tivemos que providenciar diversos documentos para permanecermos no país como estudantes. Obter toda a documentação necessária nos tomou bastante tempo e causou um pouco de estresse. Juntamente veio a dificuldade de me adaptar a um novo mundo, cultura, costumes, língua… o que faz a sensação de estar “sem chão”ser inevitável. A distância da família é um ponto que mexe bastante comigo e que faz muitas pessoas desistirem, mas o contato diário e o inicio da rotina nos permitem lidar bem melhor com as dificuldades.
B: O que te chamou a atenção em Roma? 

S: Roma é repleta de estrangeiros. Nesses três meses de estadia na cidade, conheci apenas quatro pessoas que nasceram aqui. Todos os demais eram de outros países ou de outra região da Itália.
B: O que mais gosta na cidade?

S: O fato da cidade ser um “museu a céu aberto” e permitir que vivenciemos a História.
B: O que faz nas horas vagas? 

S: Aproveito para conhecer um pouco mais da cidade ou nos reunimos (brasileiros e italianos) para conversar e experimentar as variedades da comida italiana.
B: O que vai trazer e o que vai deixar de experiência? 

S:O intercâmbio tem me proporcionado um grande aprendizado no âmbito cultural, histórico e tecnológico. O contato com os italianos despertou também a vontade de lutar pelos meus direitos, expressar opinião, buscar conhecimento e apreciar mais ainda a arte da culinária.
O programa Ciência sem Fronteiras tem nos permitido apresentar o Brasil ao mundo, assim pretendo contribuir para que o nosso país deixe de ser conhecido em sua cultura somente pelo carnaval e no setor econômico como fonte de matéria prima.

No vídeo abaixo, realizado pela própria Samara, ela e outros alunos mostram um pouco da Universidade. Confira…

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