Coordenador de movimento chama argumentos da São José de levianos e irresponsáveis.


O coordenador do “Movimento Fora São José!”, Jefferson Victor de Souza, foi duro ao contestar as respostas da empresa às reivindicações dos usuários da linha de ônibus. 
O coordenador chamou de levianas e irresponsáveis as argumentações da diretoria da Viação São José do Tocantins. Parece mesmo que a pendenga só vai ser resolvida no Poder Judiciário.
Leia a íntegra da contestação: 

“MOVIMENTO “FORA SÃO JOSÉ”- AS ALEGAÇÕES DA  EMPRESA SÃO FALSAS, LEVIANAS, INFUNDADAS E  IRRESPONSÁVEIS.



Em síntese: No nosso entendimento a São José acha que temos mais do que merecemos e que estamos chorando de barriga cheia.



Vamos fazer aqui o nosso questionamento em cada alegação da empresa e vejam quanta hipocrisia, incoerência e irresponsabilidade nas argumentações infundadas e que na nossa visão mancham ainda mais a imagem da mesma junto aos seus  usuários.



As estradas arruinaram sim nos últimos dois anos, mas o histórico de quebra dos ônibus são desde que a empresa opera, portanto mentiram. 
As estradas ruins normalmente quebram suspensão, estouram pneus, mas  no caso da São José é na maioria das vezes motor, parte elétrica, câmbio, diferencial e hidráulico. 
Aproveitaram uma matéria do blog sobre o trecho da GO 118 para justificar o injustificável



Argumentaram que estão disponíveis seis ônibus com ar condicionado para atender nossa demanda. 

Mentiram novamente, são apenas quatro. Dois que compraram por último e que rodam à noite e os dois que rodavam à noite passaram para o horário da manhã às segundas, quartas e sextas. 

Isso prova que a administração não conhece a parte operacional da empresa, não adianta mentir, estamos atentos e somos conhecedores dos problemas por ela causados.



O fato ocorrido no dia 08/01/2013 não colocaram um ônibus mais simples, como alegam. Colocaram um sucatão. 

O tumulto durou mais de uma hora e só se resolveu com a chegada da polícia. Brevemente estaremos postando as imagens gravadas na ocasião, como forma provarmos que as alegações da empresa são pura ficção. Vamos mostrar que é sucata e não um ônibus simples como argumentaram.



O código de ética das empresas de transporte de passageiros diz que o bem estar e a segurança dos passageiros estão em primeiro lugar. 

Não é porque a ANTT não obriga, que a empresa não possa prestar um serviço de qualidade. Isso evidencia que eles só se preocupam em fazer o obrigatoriamente necessário, mas nem isso eles cumprem. É um descaso total, isso chega a ser falta de humanidade, ao se transportar passageiros nas condições atuais.



Ao contrário do que alegaram, os preços das passagens de outras empresas não são promocionais e sim estimulados pela concorrência.



A São José não concorre com ninguém, por isso age de acordo com as determinações da  ANTT com relação ao preço, e  por que não cumprem as outras determinações também estabelecidas pelo órgão? 
E vai ai o nosso questionamento. Por que esse órgão libera esses ônibus em condições tão precárias? Vamos investigar este fato e haveremos de achar a resposta.



Com relação à água que dizem colocar a disposição do passageiro, é eventual, pode perguntar a qualquer pessoa quantas vezes ela é servida.  

Eventualmente essa água é colocada em um bebedouro no ônibus ao lado do banheiro, meia hora depois ela já está quente, pois não há nenhum equipamento para seu resfriamento, e mesmo assim, poucos se atrevem a tomá-la. Não se sabe a sua procedência e muito menos a qualidade de higiene desse bebedouro, a imaginar pelo odor do banheiro poucos se arriscam a consumi-la.



Com relação ao bagageiro, não acontece só em períodos eventuais como alegam. Com o fechamento da empresa Nordeste Goiano, a Uruaçu Cargas triplicou seus preços e com isso grande parte dos comerciantes migrou para a São José, a qual  pratica preços mais acessíveis.  

É comum conflitos na rodoviária de Goiânia para acomodação das bagagens dos passageiros. Sempre há intervenção dos fiscais na resolução desses desentendimentos.



Quanto à alegação de que não é fácil colocar ônibus extras, é uma demonstração clara do descaso da empresa com os usuários dos seus serviços. 

Quem tiver alguma dúvida sobre o número da procura por passagens, é só ficar na rodoviária pelo período de uma hora, que verá ao menos umas cinco pessoas a procura de vagas.



Até concordaríamos que não colocassem o ônibus extra, desde que existisse alguma outra opção para o passageiro. Ninguém em sã consciência pode firmar qualquer compromisso contando com a certeza da viagem. 

Sempre vai ouvir um… “não tem passagem, o extra ainda não foi aberto, Anápolis não autorizou”, é sempre assim, ou você compra com dias de antecedência ou vai procurar outros meios.



No item que alegam ter triplicado os ônibus e que em função disto não podem manter a mesma qualidade dos veículos, indiretamente acabam confirmando as nossas alegações de que não reúnem condições adequadas para o transporte de passageiros.



Agora eu questiono. Como puderam comprar uma frota tão grande para Brasília, cerca de 300 ônibus novos?  É fácil responder!  Lá é a capital, ou colocam veículos adequados ou perdem a concessão. O povo de Brasília come o filé e sobra pra nós aqui os ossos. Essa é a sensação que temos com relação ao tratamento que recebemos dessa empresa.



Com relação à reivindicação do sistema online para venda de passagens e cartão de crédito, queremos esclarecer que o sistema operacional não tem um custo tão elevado assim, basta ver que hoje existem milhares de empresas com um patrimônio imensamente menor que a São José e que operam dentro desse sistema.



Quem frequenta feiras livres em qualquer canto deste país, depara com pequenos ambulantes vendendo seus produtos com cartão de crédito. 

Esta afirmação da São José é no mínimo irresponsável, querem confundir a opinião pública. O problema deles na verdade é a falta de concorrência. 

Já tivemos informação de que a filosofia da empresa é que se ela pode receber na hora pra que mudar o que é mais lucrativo.



Vejam que usam o termo “NÃO HÁ PREVISÃO LEGAL”. Isto mostra que não estão preocupados com o bem estar do passageiro, só procuram cumprir aquilo que for extremamente obrigatório.



Numa coisa eles não mentiram, os espaços dos guichês de Goiânia são limitados, porém as demais empresas investiram em modernidade tanto no terminal quanto nos veículos que compõem suas frotas e grande parte delas são infinitamente menores que a São José.



 Linha São Domingos e Cavalcante. Vejam só a transcrição na íntegra das alegações da São José: “NÃO TEM PREVISÃO LEGAL. Ambas as linhas são intermunicipais, com cadastro na Agência Goiana de Regulação e além de não ser obrigatória a colocação de ar condicionado/sanitários nos ônibus, sua utilização é totalmente inviável em percursos de estrada de chão.”



Isso chega a ser repugnante. Quanto descaso com o pessoal dessas localidades. 

Será que esses administradores esquecem que transportam pessoas para esses municípios? Será que esquecem que essas pessoas têm necessidades fisiológicas e que não podem programar a hora de fazerem suas necessidades? Será que esquecem que qualquer um pode ter um desarranjo intestinal ou uma incontinência urinária?



Essas linhas normalmente transitam pessoas humildes e que às vezes pouco se expressam e que sentem constrangimento em pedir ao motorista que pare para que possam adentrar à mata para fazerem suas necessidades, o que pode ocasionar um sério aborrecimento e até mesmo bullying por parte dos outros ocupantes.



Estou aqui convocando as pessoas destas localidades para que protestem contra essa argumentação descabida da empresa, procurem seus representantes políticos, Órgãos de defesa do Consumidor, Ministério Público e façam valer os seus direitos. 

Liguem na empresa e mostrem os seus repúdios aos seus administradores que usam de subterfúgios para argumentarem o descaso e o desrespeito não só com você passageiro, mas também como ser humano que merece respeito e consideração.



Vejam só como terminaram suas alegações: “EM SINTESE, OS FATOS OCORRERAM EM FUNÇÃO DA ESTRADA IMPRATICÁVEL, DEMANDA ATÍPICA DE PASSAGEIROS NAS FÉRIAS DE VIRADA DE ANO”.



Estão colocando como se o problema fosse atípico. Estas informações não procedem não são fatos atípicos, são corriqueiros, acontecem desde que esta empresa chegou para nossa região, não sei a quem querem enganar.



A verdade sempre dói, quem transgride não gosta de ser questionado. No encerramento das suas alegações, entendemos que eles não estão confortáveis com o movimento, inclusive falam em incitações e que as críticas construtivas são bem vindas e que se olhe o histórico da empresa.



Nosso objetivo aqui é elogiar aquilo que for certo e criticar o errado, o povo da nossa região é pacífico e ordeiro, nossa manifestação é a busca incessante dos nossos direitos.



Se houvesse boa vontade da São José do Tocantins ao longo desses anos ás críticas da comunidade já teriam mudado o cenário atual de relacionamento entre a empresa e os usuários.



Temos presenciado ao longo desse período o esforço dos funcionários dos guichês e motoristas procurando justificar e corrigir as falhas cometidas pela empresa. 

Presenciamos no dia 08 de janeiro de 2013 o motorista passando por situação de perigo, foi cercado por usuários indignados o qual só se sentiu aliviado após a chegada da polícia e a troca do veículo.



Nas argumentações da empresa, publicada hoje (30/01/2013), no blog do Dinomar Miranda, não houve sequer a promessa de resolução dos problemas citados, não atenderam nenhum item das nossas reivindicações.



Imaginamos que quem escreveu é total desconhecedor dos problemas ou então um exímio embromador que usa argumentações distorcidas e tenta desviar a atenção de quem lê com links de materiais volumosos e de difícil entendimento. 

Buscam na ANTT, todos seus fundamentos como forma de provar que quem reivindica está errado e quem transgride os direitos do usuário está certo.



Já que não estão abertos ao diálogo, procuraremos então outros meios legais de provarmos que estamos sendo sucumbidos em nossos direitos por essa empresa.



Vamos procurar ajuda jurídica para que juntos tomemos as providencias cabíveis.



Agora uma coisa fica acertada. Não vamos abrir mão de nossos direitos, a luta continua e agora mais unidos que nunca, pois sabemos que não há boa vontade  por parte dos administradores da São José.



Vou lembrar aqui a música de Raul Seixas que diz: “Vou dar o meu grito desumano, que é uma maneira de ser escutado”.



Somos sabedores dos árduos caminhos que teremos que trilhar, mexer com o poder econômico demanda tempo, paciência e acima de tudo persistência.”





MOVIMENTO FORA SÃO JOSÉ.

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