Diário da Manhã: ‘Cangaceiros’ foragidos no Nordeste Goiano
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A operação da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO) que tenta conter as ações da quadrilha que aterrorizou nos últimos dias as cidades de Monte Alegre e Teresina de Goiás foi encerrada.
A quadrilha é suspeita de integrar o ‘Novo Cangaço’, rede criminosa que atua em todo o Brasil no narcotráfico e principalmente assaltando bancos.
Estima-se que há cinco integrantes da quadrilha foragidos.
Na fuga, a quadrilha invadiu uma fazenda nas proximidades de Teresina de Goiás, onde fez quatro pessoas reféns.
O modo de assaltar e a estratégia de fuga da quadrilha levam a polícia a suspeitar do envolvimento da quadrilha com o ‘Novo Cangaço’, cujas ações criminosas são caracterizadas pelo envolvimento de muitos integrantes, com um organograma muito bem arquitetado e funções precisamente definidas.
A ação destes bandidos é focada em cidades pequenas, o que facilita sua atuação.
Ao final da operação a PM informa que conseguiu apreender dois carros, armamentos pesados e explosivos, que seriam utilizados em novos assaltos a bancos na região.
Três integrantes da quadrilha foram mortos em confronto com a polícia, nas proximidades da ponte do Rio Paranã, por onde fugiam os assaltantes. Apenas um dos corpos foi identificado, Roberto Lopes, de 42 anos.
Os corpos estão no Instituto Médico Legal (IML) em Formosa.
O trabalho de busca é focado nas matas da região Nordeste de Goiás, onde o restante da quadrilha se refugia.
Testemunhas do assalto realizado em Monte Alegre apontam oito suspeitos de envolvimento no crime à PM, que por sua vez não define o número exato de integrantes da quadrilha.
APREENSÃO SUSPEITA
A Polícia Militar apreendeu em Anápolis no dia 9, mesmo dia do assalto em Monte Alegre, 15 bananas de dinamite, armas e munições em posse do advogado Marcos Antônio Gerônimo de Almeida, de 39 anos de idade.
O delegado Vinícius Teles, que investiga o caso, aponta que o armamento é característico de assaltos a caixas eletrônicos.
O delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, João Carlos Gorski, afirma que não descarta a possibilidade de envolvimento do advogado detido em Anápolis com a quadrilha perseguida no Nordeste do Estado.
O envolvimento do advogado com a quadrilha é investigado pela Polícia Civil. (Nilo Almeida)