Audiência pública em Cavalcante (GO) discute hoje criação do Parque Estadual Rio São Felix



Hoje, de 14 às 18h, na Câmara de Vereadores de Cavalcante de Goiás, ocorrerá a audiência pública com a comunidade.


O objetivo é discutir a criação do Parque Estadual Rio São Félix, em estudo para ser criado na área do município de Cavalcante. 


Ontem, quem foi ouvida foi a população de Monte Alegre de Goiás, que também poderá receber um parque estadual.  No município poderá ser criado  o Parque Estadual Serra da Prata.  


No Próximo dia 26, será a vez da comunidade de Alto Paraíso de Goiás. Na chapada dos veadores, nos municípios de Alto Paraíso e Nova Roma, será criado o Parque Estadual São Bartolomeu. 


É importante a população das cidades participarem ativamente das discussões, pois são diretamente interessadas. De um lado  a notícia é muito boa, pois o parque vai proteger o cerrado restante, com sua fauna e flora. 


Por outro, donos de propriedades poderão perder direitos, pois com a criação de parques, a área passa a ser propriedade da administração pública.  


Assim, é essencial que a comunidade se envolva ativamente no processo. 


Saiba Mais


Abrangência original do cerrado brasileiro 



O governo de Goiás inicia na próxima terça-feira (23) uma série consultas públicas para discutir a criação de três novos parques em áreas do Cerrado, no nordeste de Goiás: São Bartolomeu, Serra da Prata e Rio São Félix. 

As audiências serão realizadas pela Secretaria de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Estado de Goiás (Semarh), com a assessoria da Fundação Pró-Natureza (Funatura), nos municípios goianos de Nova Roma, Alto Paraíso, Monte Alegre e Cavalcante.

As propostas foram elaboradas pelo governo levando em conta o estudo de Áreas Prioritárias para a Conservação no Estado de Goiás, elaborado WWF-Brasil e parceiros, em 2004.  

Financiado pelo Banco Mundial, o projeto forneceu subsídios técnicos para que o estado possa cumprir o seu compromisso com o Banco de duplicar a sua área em unidades de conservação de maneira eficiente e representativa. 

A análise identificou 40 regiões prioritárias para a criação de novas unidades.

 “A conservação de remanescentes naturais e de alvos específicos é fundamental para a manutenção de biomas tão ameaçados como o Cerrado. 

Por isso, a iniciativa de Goiás é muito positiva, pois irá proporcionar um aumento das áreas protegidas no Cerrado”, destaca a secretária-geral do WWF-Brasil, Maria Cecília Wey de Brito.

Além disso, de acordo com ela, irá contribuir para que o Governo brasileiro alcance as suas metas de conservação de parcelas representativas de todos os biomas do país. 

“Metas essas que foram estabelecidas de acordo com os compromissos firmados pelo Brasil na Convenção sobre Biodiversidade Biológica, das Nações Unidas”, destaca.

Considerado a “caixa d´água do Brasil” – pelo fato de abastecer grandes aquíferos e bacias hidrográficas do país – o Cerrado conta com apenas 3% de sua área protegida por Unidades de Conservação (UCs). 

O bioma já perdeu metade de sua vegetação natural e o restante está muito fragmentado, tendo 40% de sua área ocupada pela agropecuária.

Segundo informações da Funatura, essa região no nordeste de Goiás onde os parques estão sendo propostos abriga os maiores remanescentes naturais de várias formações únicas do Cerrado, algumas entre as mais ameaçadas de desaparecimento da natureza. 

O conjunto dos  três parques abrange desde os campos rupestres de altitude, cerrados, cerradões e a mata seca do vale do rio Paranã.

Todos esses ecossistemas possuem espécies únicas, que só existem ali, algumas ainda sendo descritas pela Ciência. 

Nessa região também estão as cabeceiras de rios que formam a bacia do rio Tocantins, cujas águas abastecem as cidades e são utilizadas nas atividades agropecuárias.

O Cerrado precisa muito dessas áreas para manter a sua biodiversidade e continuar nos oferecendo serviços ecológicos essenciais, como a água”, destaca.  

    

Deixe um comentário