O Congresso Nacional não tem o distanciamento necessário para fazer a reforma política



Por Dinomar Miranda, 


Ontem o PMDB se rebelou novamente. Agora contra o plebiscito convocado por Dilma Rousself. 

E o
partido ainda se diz base do governo. Mas como todos sabem, parece mais um “balaio de
gatos” e ninguém se entende dentro da legenda. 
Mas isso não é surpresa. No Congresso Nacional todos são assim: só
tem olhos para os interesses individuais ou de grupos.  E o lóbi corre solto.
A coletividade, o interesse público, é o que menos interessa a
eles, senadores e deputados, com raras exceções.
É por isso que o Congresso Nacional não pode fazer a reforma
política do jeito que o povo deseja.
Os atuais parlamentares não tem o distanciamento necessário, tão
pouco a imparcialidade devida para se fazer a reforma política.
Eles não irão cortar privilégios ou legislar em causas contrárias
aos seus interesses. 

Pelo contrário, eles farão de tudo para manter o jogo de
cartas marcadas que desde sempre impera naquela Casa.
É por isso que eu defendo que seja realmente feita uma reforma
política sem a participação do atual Congresso Nacional, mesmo que demore um
pouco mais.

E não venha me dizer que a Constituição não prevê, não abre essa possibilidade!  Acima da Constituição está o povo e seus desejos. 

Então, há que se ter uma saída.  

Uma delas seria se convocar uma assembleia constituinte, com
integrantes especialistas, com mandato apenas para o tema e com proibição de se
candidatar a qualquer cargo político ou público pelos próximos  30 anos.
Assim, esses constituintes não teriam compromisso com seus
interesses e fariam uma reforma política mais interessante e em sintonia com a
sociedade.
E nem precisaria de plebiscito. Basta usar outras ferramentas de
consulta popular, como a internet por exemplo.
Uma coisa é certa: esses atuais integrantes do Congresso Nacional não
vão  fazer reforma política e se fizerem,
será uma meia-sola, permeadas de interesses grupais (aristocráticos, sindicais,
partidários).  
E pior de tudo é que o que escrevo acima é quase unanimidade dentro da
sociedade brasileira, mas eles (os parlamentares e classe política) fazem questão de não escutar, de não entender.

Aí fica essa quebra-de-braço entre governistas e oposição, apenas
de “faz de conta”, para ver se o povo esquece os pedidos das manifestações. 

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