Portal G1: Marido de candidata é preso suspeito de compra de votos, em Goiás
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O ex-prefeito de São Domingos, a 658 km de Goiânia, Gervásio Gonçalves da Silva, foi preso em flagrante suspeito de compra de votos, neste domingo (7).
A cidade, assim como Nazário e Flores de Goiás, realiza eleições para escolher o novo prefeito, uma vez que o antigo governante, Oldemar de Almeida (PMDB), foi cassado por compra também por compra de votos.
Gervásio é marido de Etelia Vanja Gonçalves (PDT), uma das candidatas do atual pleito.
O G1 tenta contato com Gervásio, mas até a publicação desta reportagem ele não havia sido encontrado.
Segundo Douglas Roberto Chegury, promotor público eleitoral de São Domingos, o ex-prefeito foi detido após uma denúncia anônima no povoado de Estiva, a 60 km da cidade.
Ele estava em sua caminhonete Toyota Hilux com outras duas pessoas quando foi encontrado pela polícia.
“Ele estava com R$ 1,2 mil em notas de R$ 10 e R$ 20. É o caso típico de compra de votos.
Apesar de ter negado o crime, deu explicações controversas sobre o que faria com o dinheiro.
Primeiro afirmou que iria pagar o um de seus funcionários em uma carvoaria. Depois que o dinheiro era para pagar comerciantes da cidade”, disse Douglas ao G1.
O promotor informou que Gervásio já comandou a cidade em duas administrações e se tornou inelegível por oito anos de ter as contas públicas desaprovadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Ele também foi condenado por improbidade administrativa.
Segundo a Polícia Civil, Gervásio foi levado para a delegacia da cidade e autuado por tentativa de compra de votos.
Ele foi liberado após pagar uma fiança de R$ 1,5 mil e responderá o processo em liberdade.
Mais problemas
Segundo o delegado de Posse, que responde por São Domingos, Renato Rodrigues de Oliveira, o coordenador de campanha do candidato opositor a Etelia, Trajano Pinheiro Cardoso (PSDB), foi conduzido a delegacia por suspeita de transporte irregular de eleitores.
Segundo Renato, ele teria dado carona para duas pessoas com o intuito de conseguir o voto delas para o seu candidato, o que é proibido pela lei eleitoral.
O funcionário prestou esclarecimentos e foi liberado pelo fato de não ter havido flagrante.
O delegado informou também que uma terceira pessoa foi detida por desobedecer a uma portaria da cidade, na qual diz ser proibido vender bebidas alcoólicas durante a votação.
O homem foi à delegacia, assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberado.