Biografia: Deolindo Barbosa, de militar getulista ao homem de mais de 15 mil registros de nascimento

Deolindo Barbosa com sua
esposa Doraci Delfino dos
Santos e sua primeira filha, Suelena Prates
Barbosa (foto de 1977)

Falecido aos 92 anos, na última sexta-feira, 13, Deolindo
Barbosa – o “Seu Deolindo do Cartório” –  
tem uma belíssima história de vida e de
relevantes serviços prestados à sua comunidade de Campos Belos. 
“Seu Deolindo” nasceu  em 18 de outubro de 1920, em Campos Belos, que
na época nem era emancipado.  

É filho de
Manoel Barbosa e de Deolinda da Costa Barbosa, que tiveram mais cinco filhos:  Adaltiva Barbosa de Miranda, Eurídice Barbosa
Rocha (Dona Eurídice), Etelvina (Dona Teté), Bailon e Anália. Fernando Costa também era irmão de Seu Deolindo, apenas por parte de mãe. 
De família humilde, iniciou seus estudos em Porto Nacional,
hoje no Tocantins, ainda década de 40, onde concluiu o ginásio em 1943.
Pouco tempo depois foi servir o Exercito Brasileiro, no Rio de Janeiro e, depois, à Força
Aérea Brasileira (FAB), em São Paulo, para onde foi transferido.
Era uma época difícil e efervescente do governo Getúlio
Vargas e da 2ª Segunda Guerra Mundial. Chegou a ficar “retido” por alguns anos.
Após a difícil jornada nos grandes centros do Brasil da década de 40, retornou a Campos Belos, de carona em
um avião da FAB, que tinha como piloto o brigadeiro da esquadrilha onde estava lotado
em São Paulo.  

O avião pousou na
cidade vizinha de Arraias, que possuía o único aeroporto regional da época e com voos regulares de empresas da aviação brasileira.
Já em 1964, após o falecimento da sua irmã, Anália, então Juíza de Paz de Campos
Belos, Deolindo Barbosa decidiu ir a Goiânia, capital do extenso estado de
Goiás, prestar concurso público para o Cartório de Registro Civil de Campos
Belos.
Na ocasião, foi convidado a hospedar-se na residência do então
desembargador Rivadávia Licínio de Miranda – que hoje dá nome a uma importante
rua da cidade – até a realização do concurso.
Aprovado, voltou a Campos Belos, agora  nomeado pelo Presidente do Tribunal de Justiça
da capital, Manoel Amorim Félix de Sousa e pelos desembargadores Fausto Xavier de Rezende e Rivadávia Licínio
de Miranda.
Foi neste ano de 1964 que Campos Belos ganhou o seu Fórum. Até então, as pendências
legais, como casamentos, batizados, transferências de bens imóveis e outras
demandas judiciais eram resolvidas em Arraias, a sede da Comarca.
E foi neste novo
Fórum que Deolindo Barbosa trabalhou por
cerca de 40 longos anos, registrando
o nascimento de aproximadamente 15 mil
pessoas;  fazendo outros milhares de casamentos e a lavratura de milhares registros de óbitos.
Homem inteligente, de fino trato, educado, visionário e de
negócios, também contribuiu para o desenvolvimento da cidade na construção de
muitos imóveis, comerciais e residenciais.  

Também foi em Campos Belos que edificou o seu
maior patrimônio: a sua família. Casou-se com 
Doraci Delfino dos Santos, com quem conviveu por todos estes anos. 

Sua primeira filha, Suelena Barbosa, nasceu em 1977, como bem ilustra a imagem
acima.
Guerreiro e afeito ao trabalho, aposentou-se em 1993, mas
continuou firme no trabalho até 2007, quando então deixou o posto e se desligou
totalmente da função, para resguarda-se para sempre junto à sua família.
 


Ao partir, “Seu Deolindo” deixa seu maior patrimônio: a esposa, Doraci Delfino, os filhos Gabriel Prates , Petronio Prates e Suelena Prates e os netos Fabricio, Joyce e Geovana Barbosa.

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