São José do Tocantins: Diretor da empresa diz que cartão de crédito e vendas pela internet estão fora de cogitação


Por Jefferson Victor, 
Na última quarta feira, 30, estivemos na garagem da São José do Tocantins, e conversamos com o Sr. Antônio Salvador, Diretor de Transporte da empresa.



Na oportunidade, ouvimos do referido senhor que a empresa encomendou uma grande  quantidade de ônibus e que, substancialmente, fará substituição de parte da frota que serve à nossa região.  
Segundo ele, há um atraso por parte do fabricante na entrega desses veículos.



Abordado sobre alguns temas, o Sr. Salvador mostrou-se indiferente, numa demonstração clara que não está preocupado com determinadas situações, o que presumo seja a falta de concorrência.



Falamos sobre a questão do cartão de crédito e informatização  de vendas de passagens, como forma de facilitar a vida dos usuários da empresa.



O diretor foi bem enfático ao dizer que estas inovações não estão nos planos da São José, uma evidência clara que a empresa não acompanha a tendência mundial, que é a informatização.



Quanto à falta de passagens, segundo o diretor, quando esgotadas as passagens de Campos Belos, os bilheteiros obrigatoriamente deverão ligar para todas as localidades em busca de eventuais vagas disponíveis.



Caso a lotação esteja completa, o gerente local é acionado e um extra é colocado à disposição dos usuários para que todos possam viajar dentro de suas necessidades.



O Sr. Vicente, novo gerente da empresa, nos garantiu que está trabalhando para resolver os problemas ainda existentes e que as portas da empresa estão abertas para atender as reivindicações dos usuários.



Mudanças já são notórias após deflagração do movimento “Fora São José”
São notórias as mudanças realizadas desde o início do movimento.



Os ônibus que faziam o percurso Campos Belos a Goiânia durante o dia, eram velhos, sem ar condicionado e com uma barulheira interna como se o teto fosse desabar. Além disto, tinham cadeiras quebradas, vazamentos e muitos outros problemas.



O mesmo acontecia com os extras da noite, que tinham a mesma condição, estavam mais apropriados para carregar animais do que passageiros.



Após nossas denúncias, colocaram mais quatro ônibus em condições apropriadas e hoje fazem o percurso com bem mais conforto e segurança.



Outro fator que pudemos constatar, é que os “sucatões”, amarrados de arame e latarias podres, foram consertados ou substituídos.



Ainda tem que se melhorar muita coisa, mas se compararmos ao cenário que tínhamos para o que temos hoje, podemos dizer categoricamente que houve uma melhora significativa.



Nossa região vem desenvolvendo em ritmo acelerado. Não vai demorar muito para que tenhamos concorrência nesta linha. Aí, certamente, a São José vai aprender a trabalhar e obrigatoriamente vai oferecer condições dignas aos seus usuários.



Vale dizer que uma passagem hoje para Goiânia custa mais de R$ 102,00 e, segundo o Diretor, este preço é de ônibus convencional e que estão nos oferecendo serviços executivos. 

Achei isto uma prepotência por parte dele. É como se dissesse que estamos tendo mais do que merecemos.



A verdade é que esta empresa já está operando com cerca de mil ônibus coletivos em Brasília, Palmas e Anápolis, onde, além do transporte coletivo, vem atuando no transporte especial de funcionários de grandes indústrias instaladas naquelas localidades.



Com isto, esta nossa linha que já foi a menina dos olhos da empresa perdeu importância, motivo pelo qual não dão a importância que a região merece. 
A  São José  opera de forma decadente, digna de uma empresa que cresceu  sua  frota, mas  estacionou no tempo com relação a modernidade e desenvolvimento.

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