Prisão imediata: STF condena ex-deputado Aníbal Gomes por corrupção e lavagem de dinheiro na Lava-Jato
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A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) finalizou, nesta terça-feira (9) o julgamento de mérito da Ação Penal (AP) 1.002, proposta pelo Ministério Público Federal (MPF), e condenou o ex-deputado federal Aníbal Gomes a 13 anos, 1 mês e 10 dias de reclusão, em regime inicial fechado, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, este último delito por 19 vezes.
Pela decisão, o político e o corréu Luís Carlos Batista Sá deverão pagar indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 6 milhões.
Já em relação a Batista Sá, a pena foi fixada apenas pelo crime de lavagem de dinheiro, também por 19 vezes, num total de 6 anos, 11 meses e 10 dias de reclusão em regime inicial semiaberto, além de pagamento de 50 dias-multa.
Os réus foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em decorrência de investigações da Operação Lava-Jato.
No julgamento desta terça-feira, prevaleceu o entendimento do voto do relator, Edson Fachin, o qual entendeu que o ex-parlamentar, de fato, utilizou sua influência política em favor da manutenção do cargo de Paulo Roberto Costa na estatal.
“Os acusados Aníbal Gomes e Luís Carlos dissimularam a origem da vantagem financeira percebida pela prática de corrupção passiva no recebimento total da vantagem na conta de Luís Carlos Batista Sá, com subsequentes e sucessivos lançamentos bancários fracionados em contas do ex-deputado federal e de pessoas a ele vinculadas”, atestou Edson Fachin no voto em sessão no último dia 2.