Covid-19: estariam os municípios preparados para ações adequadas visando preservação de vidas?
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Por Jefferson Victor,
Alguns países conseguiram um maior controle através de medidas paliativas, como isolamento social e outros métodos de controle, como foi o caso da China e parte da Europa, mas há sempre o risco de uma nova onda de disseminação da doença.
Os EUA e Brasil tiveram um comportamento diferente do resto do mundo e com isto são os dois países com maior número de casos.
O Brasil é o principal epicentro da doença, e as ações do Ministério da Saúde contribuíram para o agravamento da situação. A substituição de ministros e a interinidade de um general sem conhecimento técnico, que se tornou apenas um porta voz de ideias insanas sem nenhuma credibilidade cientifica.
Diante dessas incertezas, o STF determinou que estados e municípios pudessem tomar medidas unilaterais, as quais são muitas vezes contrárias ás recomendações do confuso Ministério da Saúde, principalmente no tocante a flexibilização de medidas de isolamento, e priorização ou não dos serviços essenciais.
Em Goiás por exemplo, o governador tomou medidas drásticas com relação ao funcionamento do comércio, foi um remédio amargo, mas manteve o estado por semanas com menores índices de contaminação.
Em função das medidas judiciais, municípios passaram a editar decretos muitas vezes divergentes das recomendações das Secretarias Estaduais de saúde, o que culminou com o crescimento demasiado de pessoas infectadas.
O que se questiona no momento é se esses municípios têm equipes médicas com conhecimento e autonomia suficientes para traçarem essas diretrizes que envolvem viver ou morrer.
Muitas dessas localidades não possuem sequer um hospital, e os administradores tomam decisões perigosas sem nenhum embasamento técnico.
Muitos prefeitos, em função do ano político, estão tomando medidas que em sua essência agradam empresários e buscam a manutenção dos postos de trabalho, sobrepondo tais aspectos à preservação da vida.
É certo e notório que o essencial seria dosar tais seguimentos pra que houvesse um equilíbrio nas decisões, mas na impossibilidade de tal fato, a vida deve ser priorizada.
Há de se levar em conta que economia tem seus altos e baixos, se morre um CNPJ mais adiante pode ser ressuscitado ou recriado, e um CPF quando morre é pra sempre.
A sobrevivência de cada um está na mão desses administradores, e decisões erradas estão custando vidas humanas, por isso as ações deveriam partir dos estados, eles são melhores aparelhados e possuem equipes afinadas com as determinações da OMS.
Os estados Têm melhor equidade , e assim todos os municípios seguiriam o mesmo princípio, sem divergências e intervenções políticas, diminuindo-se assim o risco de decisões equivocadas que coloquem vidas em risco, cada uma é única.