Eleições: Corrupção e Eleições



De Arraias, (TO) – Por Oscar Alves Neto 

Todos os anos a
corrupção rouba bilhões dos cofres públicos, e a conta é simples: se esses
números fossem combatidos a índices menores teríamos mais saúde, mais educação,
mais saneamento, mais habitação, mais esporte… 

Existe uma tendência mundial no combate a corrupção,
James Wolfensohn, então Presidente do Banco Mundial, fez uma inusitada comparação:
para ele, a corrupção é como um incêndio em uma floresta, muitas vezes não pode
ser contido, porém sem combatê-la, o seu poder é devastador. 

O destino dessa
declaração tem endereço certo. A corrupção é o maior obstáculo ao
desenvolvimento de qualquer país, gera desigualdades, inibe investimentos,
desvia recursos a serem aplicados em programas sociais, e com isso o enriquecimento
ilícito de grupos. 

Assim sendo, o crescimento econômico e social, na integra, é
morto. Os mais pobres, os que mais necessitam de políticas publicas, são os
mais penalizados. No Brasil a impaciência da sociedade com quem corrompe ou é corrompido
é grande. 

A imprensa, de uma forma geral, vem investigando e denunciando
agentes públicos e ricos empresários corruptos, porém, nós cidadãos, novamente
esse ano, temos a melhor arma no combate a corrupção, o voto

Nas eleições de outubro de 2014 elegeremos presidente,
governadores, deputados federais, e estaduais , é um ano que os nossos sonhos
poderão estar próximos da realidade se o povo nomear gestores com o perfil não
de mudança, mas de transformação. 

Temos responsabilidade direta no que se diz
respeito ao futuro da elaboração de políticas publicas, de qualquer segmento. 

O
autor da frase, não recordo o nome, ”voto não tem preço, tem consequências”,
relata tal responsabilidade. Bertolt Brecht, dramaturgo alemão, diz que o pior
analfabeto é o analfabeto político, ele não fala, não ouve, nem participa dos
acontecimentos políticos, não sabe ele que o custo de vida, o preço do feijão,
do peixe, da farinha, do aluguel… dependem de decisões políticas. 

Estufar o
peito e orgulhar em dizer que não precisa ou odeia política não é o caminho, é
ser analfabeto político. Tal atitude faz nascer ainda mais os menores
abandonados, os menores infratores, o assaltante e o pior de tudo, o aumento da
corrupção. 

Os países desenvolvidos apresentam os mais baixos índices de corrupção,
pois lá existem instituições bem estruturadas, assegurando a investigação, a 
detecta, e por fim, a punição de quem comete atos ilícitos. 

Eleger políticos
com a mais nova conquista, a ficha limpa, comprometidos com projetos de governo
e a partir daí concretizá-los, é um passo importante para melhorar o índice do Brasil
em corrupção, 61º entre 159 países pesquisados, segundo a ONG Transparência. 

A
ONU, em outubro de 2003, aprovou na Convenção Contra a Corrupção o dia 09 de
dezembro como o Dia Internacional de Combate à Corrupção. 

Nós goianos,
candangos, tocantinenses, brasileiros temos no mês de outubro novamente a
possibilidade de assegurarmos o processo de transformação, de combate à
corrupção e ai a construirmos uma sociedade com menos vícios. 

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