Reflexão do padre Joacir d’Abadia: “O silêncio que se escuta”
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O silêncio é um barulho que os místicos e os ascetas conseguem escutar.
Os Mestres da lei e os Fariseus ficaram em silêncio diante da cura que Jesus Cristo operou na vida de um hidrópico (que tem acúmulo de líquido em tecidos e cavidades do corpo): “Mas eles ficaram em silêncio… E eles não foram capazes de responder a isso” (cf. Lc 14,1-6).
Foi um silêncio que superou o preconceito da norma que escravizava um povo, por isso que “não podemos impedir a nossa mente de olhar, maravilhada, para um cego que recuperou a visão ou um paralítico que ainda, sem que nossa razão ou nosso saber possam explicar esses acontecimentos” (Mansur Challita ), necessita de uma cura.
O silêncio espiritual serve, todavia, como purificação. “Por conseguinte, para o homem que pretende libertar-se do seu próprio “eu” é esperada uma árdua luta.
Nesta luta contra todos os ditames deste mundo barulhento, caminha o sacerdote no silêncio que se perde na superação do preconceito: “Perdia-se em Deus como um rio se perde no mar”, nos ensina o admirador do monástico São Charbel (1828-1898), Paul Daher .
Bibliografia
Challita, Mansur. São Charbel (1828-1898). Brasília-DF: Gráfica Charbel, p. 2.
Id. p. 01.
Christou, Panayiotis. A vida monástica na Igreja Ortodoxa. Tradução: Pe. Paulo Augusto Tamanini. https://www.ecclesia.com.br/biblioteca/monaquismo/a_vida_monastica_na_igreja_ortodoxa_oriental.html acessado dia 29 de julho de 2020 às 10h42.
Challita, Mansur. São Charbel (1828-1898). Brasília-DF: Gráfica Charbel, p. 8.