Polícia Civil realiza a maior apreensão de crack da história do DF. Traficante tinha fazenda em Campos Belos (GO), onde foram apreendidas armas, bens e a droga

A Polícia Civil do Distrito Federal, por intermédio da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord), deflagrou a “Operação Mosaico”, que resultou na apreensão de 170 kg de crack – quantidade suficiente para a revenda de 680 mil doses da substância a usuários. 

Trata-se da maior apreensão dessa droga já ocorrida no Distrito Federal.

Na ação policial, realizada na madrugada do dia 3, dois homens foram presos em flagrante: L.C.C., 43 anos, o líder do grupo criminoso; e S.F.S., 37, motorista que conduzia a droga. 

Além disso, foram apreendidos dois caminhões, um deles empregado no transporte do entorpecente em compartimentos escondidos; uma caminhonete de luxo; dois carros de passeio; e uma arma de fogo – espingarda, calibre 38.

A operação envolveu 35 policiais e contou com o suporte das Divisões de Operações Especiais (DOE) e Aéreas (DOA) da PCDF. 

As investigações foram realizadas ao longo de um ano. 

Conforme apurado, a associação criminosa mantinha atuação em pelo menos três Estados – Rondônia, Goiás e Piauí –, além do Distrito Federal. 

O líder L.C.C., residente no Gama, mantinha duas fazendas em Campos Belos/GO, nordeste de Goiás,  que serviam de entreposto para a operação de tráfico de drogas. 

Dentro daquelas propriedades foram apreendidos documentos, diversas joias, assim como o veículo e a espingarda citados.


A operação foi deflagrada na fazenda do líder do bando L.C.C, de 43 anos, em Campos Belos (GO). O homem mantinha duas fazendas no município como base da quadrilha. Em uma delas estava o caminhão onde a droga apreendida estava escondida . O veículo partiria para abastecer os traficantes que integram a quadrilha.


A droga vinha de Rondônia e era guardada nas propriedades rurais em Campos Belos e, depois, distribuída no DF e Piauí. O Motorista do caminhão, S.F.S, também foi preso. 


Na fazenda em Campos Belos estava ainda um batedor da droga, responsável por dar segurança ao patrão e ao crack. Mas ele conseguiu escapar do cerco dos policiais de Brasília. 

L.C.C. fora preso em 1994, no Distrito Federal, também por tráfico de drogas, e em 1995, pelo crime de motim de presos. 

Ele encontrava-se em liberdade condicional. “Responderá agora por tráfico interestadual de drogas, associação para o tráfico, resistência, posse ilegal de arma de fogo e lavagem de dinheiro, podendo ser condenado a uma pena de 14 a 42 anos de reclusão, além da regressão de regime da pena anterior”, explica o delegado da Cord, Rodrigo Bonach.

Já o motorista S.F.S. é de Redenção/PA e foi contratado especialmente para transportar a droga naquela viagem. 

Ele não tinha antecedentes criminais e foi autuado em flagrante pela prática de tráfico interestadual e associação para o tráfico de drogas, podendo ser condenado de oito a 25 anos de reclusão.

“Os entorpecentes vinham de Rondônia, passavam pela fazenda em Campos Belos e dali eram redistribuídos para o DF, Goiás e Estados do Nordeste. 

Trata-se de uma apreensão muito importante, pois milhares de dependentes teriam acesso à droga. Estamos evitando um grande impacto na segurança pública dos Estados envolvidos”, destaca Bonach.

Fonte e texto: Polícia Civil do DF

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