Prefeito de Campos Belos quer usar madeira de 30 anos, muitas corroídas, em novas pontes
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Por Hamilton Mendes,
Há três anos, em abril de 2012, uma decisão judicial contemplava a reconstrução integral, ou seja, a remoção de toda a estrutura de madeira, devendo ser providenciada estrutura de concreto, com passagem para pedestre, grade de proteção e bueiro em tubo de concreto com diâmetro adequado para escoamento de água pluvial de várias pontes da cidade.
A decisão judicial determinava também a imediata interdição das pontes mencionadas na liminar até a conclusão das obras de restauração.
Já no mês de maio daquele ano, a desembargadora Maria das Graças Carneiro Requi, atendendo agravo de instrumento interposto pelo município de Campos Belos, concedeu efeito suspensivo a ordem judicial de ação civil pública provocada pelo Ministério Público Local desbloqueando as ruas e avenidas interditadas, a argumentação a época é que o município não possuía recursos suficientes para realizar as obras no prazo exigido.
O gestor municipal à época, apresentou um planejamento de revitalização das pontes e recuperação das vias públicas.
A recuperação asfáltica até foi realizada no fim do ano de 2012, as pontes ficaram no papel. E claro, nas madeiras!
Eis que a natureza dá a sua resposta, várias pontes de madeiras começaram a ruir, a profecia do Dr. André Luiz Duarte.
Acontece que a a velocidade de solução dos problemas é lenta, quase parando.
A atual gestão iniciou um trabalho, que trouxe ânimo e esperança a nossa comunidade, reconstruiu três pontes, a da Rua Ruy Barbosa no Setor Industrial, a da Desembargado Rivadavia, próximo a Casa Nova e a próxima à casa da terra, entre a rua do Comercio e a Rua do Brasil.
Mas como a situação era e é muito caótica, arrumava uma, caia duas.
E a solução continuava lenta.
Argumentando novamente a dificuldade financeira e a necessidade de acessibilidade da nossa comunidade a informação que se tem é que o município de Campos Belos, conquistou uma liminar autorizando a colocar madeiras, nas pontes que estão caídas.
É de se questionar a liminar, mas, mais questionável ainda é essa informação, que o nosso gestor está aproveitando as madeiras das pontes que caíram e das que foram reconstruídas, para usá-las novamente.
As imagens que nos chegam são essas, de madeiras corroídas, madeiras que tem até quase 30 anos, prontas para serem usadas na Rua 6(rua de Pernambuco) na Vila Baiana.
Ai não né! Para tudo!
O mínimo de responsabilidade e seriedade precisa ser tratado o povo, se isso for real, é necessária uma explicação muito convincente da Secretaria Municipal de Infraestrutura.
Entendemos as dificuldades financeiras, mas se estivem um pouco de planejamento, teria, hoje já deixado a nossa cidade.
Com pontes seguras, de concreto armado, vias fluviais bem-feitas, realizado aquilo que deveria ser feito.
Colocar madeiras usadas nas pontes é meio que “Tapar o sol com a peneira” ou não????