Saúde pública na UTI em Goiás: Paciente é transferido de hospital em carroceria de caminhonete



Um vídeo mostra um paciente sendo transferido de hospital na carroceria de uma caminhonete, em Colinas do Sul, na região norte de Goiás. 


Segundo um enfermeiro que não quis se identificar, o homem sofreu politraumatismo em um acidente de trânsito, foi atendido no Hospital Municipal da cidade e, como não havia ambulância disponível, teve de ser levado para Alto Paraíso, a 65 km do município, de forma improvisada.


“Foi a primeira vez que vi isso na cidade. Realmente uma coisa muito estranha a gente ter de passar por isso. Eu que trabalho na área nunca tinha visto. 


O paciente tinha passado por um acidente sério, foi arremessado do carro e teve um politrauma. 


O hospital achou melhor transferi-lo para a cidade dele, que é Alto Paraíso, mas uma ambulância nossa estava estragada e a outra estava fora da cidade”, contou o enfermeiro.


A gravação foi enviada à TV Anhanguera e mostra o homem com colar cervical sendo transportado junto com um balão de oxigênio e tomando soro.


O enfermeiro que fez atendimento pediu a ajuda ao vereador Joélcio Braga (PDT), que estava com a mãe internada do hospital na hora que o paciente foi transferido, para que ele segurasse a bolsa de soro fisiológico durante o transporte. 

Assista ao Vídeo

Segundo o vereador, a carroceria estava cheia de esterco.


“A caminhonete estava com um mau cheiro horrível. Eu mesmo fui sentado em um monte de cocô de vaca para segurar o soro, durante mais ou menos uma hora. No trajeto, passamos mais de 20 km de estrada de chão, na poeira. Isso tudo porque não tinha uma ambulância adequada funcionando”, conta.


Segundo Braga, o veículo que foi usado no transporte é de propriedade do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Integrado Serra da Mesa (Cidisem), que fica à disposição do município de Colinas do Sul.


O G1 entrou em contato por telefone e email com a Prefeitura de Colinas do Sul e com a Secretaria Municipal de Saúde para saber o posicionamento sobre o caso, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.


fonte: G1

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