Chegou a hora do impeachment de Michel Temer



O empresário Marcelo Odebrecht diz ter doado R$ 150 milhões à chapa Dilma-Temer na eleição de 2014 como caixa dois. 


Quer dizer, dinheiro roubado da Petrobrás e de outros empreendimento públicos pela Odebrecht para dar aos malandros. 

Acreditem: Parte desse valor foi contrapartida pela aprovação da medida provisória do Refis, que beneficiou o grupo. 


Ou seja, contrapartida para aprovar uma lei no Congresso para beneficiar a empreiteira a pagar menos aos cofres públicos. Roubo duplo. 


Outro dia, o ex-assessor da Presidência José Yunes afirmou que atuou como “mula involuntária” do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, ao receber um pacote no seu escritório de advocacia, em São Paulo, das mãos do doleiro Lúcio Funaro. 


A história casa direitinho com o pedido de 10 milhões que Temer fez a Marcelo Odebrecht.


A história apareceu na delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho, que disse ter mandado entregar dinheiro em espécie no endereço de trabalho de Yunes, em 2014.


Sobre os R$ 150 milhões à chapa Dilma-Temer,  ex-presidente da Odebrecht também confirmou um encontro com Temer para tratar de doações para o PMDB, mas disse não ter discutido valores com o então vice-presidente.


As declarações foram feitas em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quarta-feira (1º), na ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer.


Embora o depoimento seja sigiloso, a TV Globo confirmou o conteúdo das declarações com diversas fontes.


Veja os principais pontos das declarações:


– Empresário diz ter pago R$ 150 milhões em caixa 2 à chapa Dilma-Temer em 2014


– Parte foi pago no exterior a João Santana, marqueteiro do PT. Dilma sabia.


– R$ 50 milhões foram contrapartida por MP benéfica ao grupo, acertada com o ex-ministro Mantega


– Empresário confirma reunião em 2014 com Temer sobre doação ao PMDB, mas nega ter tratado de valores com o então vice-presidente


– As campanhas de Aécio Neves (PSDB), Marina Silva (então no PSB) e Eduardo Campos (PSB) receberam recursos da Odebrecht, mas não falou se via caixa 1 ou 2


Em nota, a assessoria de Dilma nega que ela tenha autorizado pagamentos via caixa 2 em suas campanhas presidenciais. 


O Palácio do Planalto disse que o depoimento confirma a versão de Temer sobre o encontro, e que os valores repassados ao PMDB foram declarados.


O partido ressalta que todos os contatos para financiamento de campanha foram feitos dentro da legalidade e que o TSE aprovou as contas.


O PSDB e Marina Silva negaram recebimento de caixa 2. O advogado de João Santana, Fábio Tofic, e o ministro Eliseu Padilha não vão se pronunciar sobre as declarações. A reportagem tenta contato os demais citados.


Por tudo isso, é hora de começar a mexer sobre o impeachment de Michel Temer. 


Ele não tem mais condições de permanecer à frente do governo. 

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