Cidadania: ‘Agora posso viver como qualquer pessoa’, diz trans, de Novo Alegre (TO), após conseguir mudar de nome



O estudante Felipe de Almeida Pinheiro, de 25 anos, é o primeiro transgênero a conseguir a retificação do registro civil no Tocantins e mudar um nome feminino para um masculino. 


A conquista pode até parecer pequena, mas fez toda a diferença na vida dele, além de encorajar outros transexuais a buscar o mesmo direito.


“Agora eu posso viver como qualquer outra pessoa. Sem precisar passar por constrangimento na hora de mostrar meus documentos. 


Fiz a mudança porque a aparência não condizia com quem eu era. Não consegui a mudança de gênero por não ter feito a mudança de sexo, mas já foi uma grande vitória”, contou o estudante.


Registrado como Letícia, Felipe conta que decidiu iniciar o processo para mudar de aparência há dois anos. Logo depois não se identificava mais com a pessoa que estava nos documentos. 


A mudança proporciona cidadania e vai pôr fim aos constrangimentos que tem passado durante a espera pela decisão da Justiça.


Ele conta que estava pensando até em mudar de estado para buscar uma decisão mais rápida. 


“Tem um colega que está há três anos tentando e ainda não conseguiu. Só que ele pediu também a mudança de gênero.”


A conquista veio com o apoio do amigo David de Sousa Oliveira, que é estudante de Direito. 


Ele está no 10º período, e conseguiu vencer, com a orientação dos professores do Escritório Modelo da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), o primeiro processo de retificação de registro civil de pessoa trans para mudar o nome feminino para masculino. 


Isso porque o estado teve uma outra decisão mudando um nome masculino para feminino.


“Eu acompanhei todo o processo transexualizador, desde quando ele foi ao médico pela primeira vez. 


Estive com ele desde o início. Me procurou para saber como faria para alterar o documento e fui aprofundar os conhecimentos no curso para ajudar”, disse.


Fonte e texto: G1

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