Usuários reclamam bastante do atendimento do hospital de Campos Belos. Pai diz que filho morreu e o sepultou sem saber a causa da morte

O pequeno Yan Victor, de 9 anos, morreu em Campos Belos, nordeste de Goiás, há cerca
de uma semana.
A dor do pai, Samuel Alves, nos comoveu fortemente, porque ele foi
obrigado a fazer o sepultamento sem saber o que matou a pequena criança. 

Mais que isso, diz
que não teve o atendimento que deveria ter no hospital municipal de Campos
Belos e sem saber o que fazer para
amainar a sua dor, procurou o Blog para falar de sua revolta e da falta de respeito por parte dos atendentes e médicos. 
“Moço, liberei o meu filho do IML sem saber a causa do falecimento.
Eu tinha acabado de chegar de viajem e para não ficar muitos dias lá em Formosa, tive que optar por não a fazer perícia”, lamenta o pai.
Ele diz que não sabe o que ocorreu. O menino era saudável e de uma
hora para outra teve um quadro febril, que resultou em morte. 
“Só quero que mude a forma de atendimento lá no hospital. Quando uma pessoa
for fazer uma consulta, que não saísse sem um resultado de exame, porque a
gente chega lá e antes de terminar de falar o que está sentido, o médico já está
com a receita pronta e libera o paciente”.
Samuel Alves afirma que o seu filho foi socorrido com febre e
vômitos. 

“Aí quando chegou no hospital, a médica deu suspeita de apendicite.
Pediu para fazer ultrassonografia e não deu nada”, explica.
O pai diz que o menino foi liberado, com receitas para uma
amidalite por 6 dias.
 “Depois de 3 dias, ele
voltou para o hospital porque a febre não passou e fortes dores nas costas e no estômago judiavam do menino. 

Quando foi de madrugada, ele foi para o céu. 


Só que nenhum médico sabe dizer porque ele morreu. Sepultei meu filho sem saber o que lhe tirou a vida. Como uma
criança saudável de nove anos, morre de morte natural, no atestado orbito?”,
indagou, com indignação.
Samuel Alves conta que as pessoas têm chegado ao hospital e saído sem
qualquer exame e lembrou que várias crianças morreram neste ano em situações semelhantes
à do pequeno Yan Victor.
Como uma pessoa morre com uma
pequena dor de garganta. Será que era isso mesmo?” pergunta, atrás de uma simples
resposta.  
  
Uma amiga da família também
procurou o Blog e disse que a maneira como as pessoas têm sido tratadas quando necessita
de atendimento de saúde, mostra a triste realidade da administração pública em
zelar por esse direito garantido constitucionalmente.
“Descaso, negligência e
principalmente a falta de respeito com os cidadãos é um assunto que merece
atenção, uma vez que nosso bem maior está em discussão, nosso bem-estar, nossas
vidas”, denuncia.
Ainda segundo a cidadã, as mais diversas barbáries suportam
aquelas pessoas que precisam – não tendo outra escolha – utilizar o SUS.

“Ainda, quando conseguem atendimento são surpreendidas por
falta de estrutura física e humana. Ausência de profissionais qualificados e
capacitados, remédios e equipamentos insuficientes para a demanda. Pacientes
literalmente tendo as vidas ceifadas sem ao menos saber a causa da morte”, dispara ela. 

Mais casos
Nesta quarta-feira (6), uma outra paciente procurou o Blog
para também reclamar do atendimento do hospital. 

Como se pode observar no áudio
gravado, ela reclamou da falta de estrutura e também da ausência de atendimento
humanizado.

Ouça:

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