Você viu? Governador do Tocantins é condenado pela Justiça e pode perder o cargo



Governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), foi condenado a perda de função pública e a devolver mais de R$ 25 milhões que teriam sido desviados da saúde no estado. 


A sentença da Justiça sai nove anos após o começo do processo que é sobre a contratação de uma empresa para administrar hospitais no estado.


O governador ainda pode recorrer da sentença e, portanto, segue no comando do Palácio Araguaia. 


A condenação é por improbidade administrativa. O caso corre na Justiça desde 2008 e se refere à contratação sem licitação da Oscip Brasil para gerir os hospitais estaduais, além do desvio de recursos públicos da saúde nos anos de 2003 e 2004.


A condenação é da Justiça Federal do Tocantins. Marcelo Miranda ainda pode recorrer ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília. Se for condenado definitivamente, além de perder o cargo, Miranda pode ter os direitos políticos suspensos por sete anos. 


Além de ser obrigado a devolver o dinheiro que teria sido desviado, pagar uma multa equivalente a 100 vezes o salário atual dele como governador e ficar proibido de fazer contratos com o poder público.


A empresa em questão teria sido criada menos de dois anos antes de assumir o controle de 14 hospitais no estado. 


A suspeita do Ministério Público Federal é que a empresa não tinha capacidade técnica de realizar o serviço.


O laudo autorizando a empresa a participar da licitação foi assinado por Henrique Barsanulfo Furtado e Petrônio Bezerra Lola, na época secretário e subsecretário de Saúde respectivamente. 


Petrônio morreu em 2016.
O Governo do Tocantins disse que ainda não foi intimado da decisão e que vai recorrer assim que for notificado. 


O G1 ainda tenta contato com a defesa de Henrique Barsanulfo.


Outras investigações


O ex-secretário de saúde também é alvo de outra investigação da Polícia Federal, a operação Marcapasso. Ele é um dos médicos cardiologistas que foram presos no dia 6 de novembro suspeitos de participar de um esquema para fraudar licitações.


O grupo teria comprado próteses acima do preço de mercado, desviado materiais da rede pública para hospitais particulares e até submetido pacientes a cirurgias desnecessárias para lucrar mais com as fraudes.


Já Marcelo Miranda é alvo de outras duas operações em andamento na PF. A Operação Ápia, que investiga desvios em obras de estradas por todo o Tocantins e também a Operação Reis do Gado, que apura se o dinheiro desviado teria sido lavado através de compras de cabeças de gado. 


O governador chegou a ser conduzido coercitivamente para prestar depoimento e vários parentes dele foram indiciados nos casos.


Fonte: O Globo 

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