Justiça bloqueia bens de acusados de desviar dinheiro de igrejas do Entorno
A Justiça de Goiás determinou o bloqueio e sequestro dos bens dos membros da Igreja Católica e empresários presos na Operação Caifás, que desarticulou um esquema milionário de desvio de dinheiro de igrejas do Entorno do Distrito Federal.
A reportagem entrou em contato com o MPGO na manhã desta sexta-feira para saber se os imóveis em nome de Moacyr no interior de São Paulo estão bloqueados.
No fim da tarde, o MPGO informou que vão oficiar o cartório do interior de São Paulo onde constam os imóveis apresentados pelo Correio.
Envolvidos permanecem presos
São alvo da decisão judicial sobre bloqueio de bens: o Monsenhor Epitácio Cardozo Pereira; o bispo José Ronaldo Ribeiro; os padres Moacyr Santana, Mário Vieira de Brito e Waldson José de Melo; e os empresários Pedro Henrique Costa Augusto e Antônio Rubens Ferreira; e o secretário da Cúria, Guilherme Frederico Guimarães.
Guilherme é o único que responde ao processo em liberdade, porque está colaborando com a Justiça.
Relembre o caso
O bispo dom José Ronaldo Ribeiro, quatro padres e o vigário-geral de Formosa deram um prejuízo superior a R$ 2 milhões aos cofres da Igreja Católica em Formosa (GO), segundo o Ministério Público de Goiás (MPGO).
Policiais civis e militares prenderam o bisco, cinco padres, dois empresários e um funcionário da Cúria, na última segunda-feira, durante a Operação Caifás. Na casa de um monsenhor, apreenderam dinheiro escondido no fundo falso do guarda-roupa, além de dezenas de relógios e aparelhos eletrônicos e importados.
As investigações começaram em 2015. No ano passado, fiéis denunciaram ao MPGO que as despesas da casa episcopal de Formosa, onde o bispo mora, passaram de R$ 5 mil para R$ 35 mil.