Artigo: Pais – o espelho dos seus filhos

Por Hadva Xavier, Psicóloga

A adolescência é um período de profundas transformações tanto físicas quanto psicológicas. 


Os adolescentes buscam constantemente a autoafirmação e a aceitação no meio social em que estão inseridos. 

Mas infelizmente estamos presenciando com bastante frequência o envolvimento deste público em atos infracionais. Sendo assim, seria necessário que estes eventos servissem de alertas para que possamos cuidar mais dos nossos adolescentes!

Faço o seguinte questionamento, como que os pais vêm contribuindo para a formação dos seus filhos? 


Ser pai e ser mãe não é uma tarefa fácil! Pois não aprendemos isto, simplesmente temos que aprender a desempenhá-los na prática. 

A responsabilidade de ter um filho é muito grande, ainda mais quando ele nos associa como um modelo a ser seguido influenciando assim na construção de sua personalidade. 

Então, a compreensão sobre a importância das figuras paternais para a educação poderia possibilitar a melhor vivência destes papéis.

Observa-se que alguns pais preservam questões relevantes para o desenvolvimento do seu filho, no entanto deixam outras não menos notáveis de lado, como os conteúdos emocionais. 


Lamentavelmente ainda existem muitos “tabus” em relação à saúde mental. Com isto vamos caminhando para constituição de uma sociedade cada vez mais adoecida mentalmente. 

 Deste modo percebo a urgência em mudar esta visão, sendo no ambiente familiar o início desta mudança, pois geralmente é neste espaço onde começamos a construir os nossos primeiros conceitos de ser no mundo.

A maneira como os princípios são transmitidos também é muito importante, uma vez que o contexto cultural tenta estabelecer estereótipos para a formação de menino e menina. 


Sendo que o homem precisa manter uma postura mais agressiva e indiferente a suas emoções não dando lugar para experimentá-las e a mulher ser mais contida e frágil sem a possibilidade de revidar, mesmo quando são machucadas. Buscar o equilíbrio é o ideal! 

Portanto precisamos instruir nossos filhos que quando aceitamos as nossas decepções temos a possibilidade de aprender algo com elas, pois muitas vezes o desapontamento não significa o fim de tudo, e sim uma forma de recomeço.

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