Eleição suplementar: Fernando Carneiro é eleito novo prefeito de Niquelândia (GO)


O candidato Fernando Carneiro (PSD) foi eleito prefeito de Niquelândia nas eleições suplementares que ocorreram neste domingo (3). Segundo informações do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o político teve cerca de 70% dos votos válidos da população.



O pleito foi convocado após a chapa do então administrador do município, Valdeto Ferreira (PSB), ser cassada, em fevereiro deste ano, por acusação de enriquecimento ilícito em uma gestão anterior.

A votação começou às 8h e foi encerrada às 17h. A cidade tem mais de 26 mil eleitores, mas pouco mais de 19 mil compareceram às urnas. O prazo para a divulgação do resultado é até as 17h de segunda-feira (4). Já a diplomação dos eleitos deve acontecer até 19 de junho.

Fundada em 1735, Niquelândia tem cerca de 45 mil habitantes. A principal geração de renda da cidade é a mineração.

Ocorrências

Segundo o juiz eleitoral da região, Jesus Rodrigues Camargo, o pleito ocorreu conforme o esperado e com poucos problemas. Ele afirmou que duas urnas precisaram ser trocadas por questões técnicas e três pessoas foram detidas em diferentes situações.

“Uma moça tentou entrar com o celular na cabine, um homem foi ríspido com o mesário e estava abordando pessoas nas imediações do local de voto e um segundo homem estava perturbando na região e precisou ser conduzido. 


Todos os três assinaram um termo de responsabilidade, foram liberados e devem ser chamados depois para comparecer em juízo”, esclareceu.

Chapas que disputaram as eleições

O futuro começa agora: Weder Chimango Dias de Oliveira (PSDC) para prefeito e João Junior Leal para vice.

Niquelândia ainda tem jeito: Xisto Pereira Damas (PHS) para prefeito e Aguinaldo Batista Rocha.

Um novo momento: Fernando Carneiro Da Silva (PSD) para prefeito e Saullo Nogueira Taveira Adorno (PTB) para vice.

Geração de fé e trabalho: Joscelino Correa Das Neves (SD) para prefeito e Jesus Ferreira Franca para vice.

Cassação

Segundo a Justiça Eleitoral, enquanto prefeito da cidade, entre 1993 e 1996, Valdeto Ferreira firmou um contrato para reforma de escolas no último ano de mandato. 


Porém, ao deixar o cargo, o político não conseguiu justificar o uso da verba destinada à educação municipal. 

A suspeita é de enriquecimento ilícito. Com isso, o Tribunal de Contas da União (TCU) reprovou suas contas.

Valdeto foi eleito com 46,11% dos votos e assumiu em janeiro de 2016. Outros três políticos disputaram o processo. Sua diplomação foi sob júdice, pois ele esperava o julgamento do processo na Justiça Eleitoral.

Com a cassação da chapa, o vice-prefeito, Joscelino Correa das Neves (SD), também foi afastado. Pela decisão, Valdeto teve os direitos políticos cassados por oito anos e fica impedido de fazer contratos com o poder público.

A reportagem tentou contato com o ex-prefeito Valdeto Ferreira, por telefone, às 7h30 e às 18h50 deste domingo, mas as ligações não foram atendidas até a publicação desta reportagem.

Fonte: G1

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